ESTRELA VERMELHA DO MAR
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“Se Houve Ou Se Não Houve/
Alguma Coisa Entre Eles Dois/
Ninguém Soube Até Hoje Explicar/
O Que Há De Verdade/
É Que Depois, Muito Depois/
Apareceu a Estrela Do Mar” (Estrela Do Mar Dalva de Oliveira)
A decretação da prisão dos publicitários das duas campanhas de Lula (2006) e de Dilma Rousseff (2010/2014). João Santana e sua esposa, Mônica Moura, que retornaram da República Dominicana, país em promoviam a campanha de reeleição do candidato Danilo Medina à presidência da República. As suas prisões preventivas foram decretadas pelo juiz Sérgio Moro, que apura os desdobramentos da 23a fase da “operação Lava Jato”, p ser comemorada como vitória pela “oposição”, (se é que existe no Brasil multipartidário de 37 partidos e 17 milhões de filiados) e derrota e preocupação na esfera política do Governo. O juiz federal do Paraná, Sérgio Moro, ainda lhes ouvirá e poderá mantê-los na prisão ou soltá-los por considerá-los inocentes. Mas não podem e não devem ser comemoradas como derrota ou vitória de qualquer lado. Como fizeram várias campanhas presidenciais vitoriosas no exterior pode ser ou não dinheiro delas que foram depositados no exterior.
Contudo, é muito estranho e suspeito que tenham encontrado conversas e documentos entre os dois profissionais e Marcelo Odebrech, condenado pelo escândalo de desvios na Petrobras, apurada pela operação “Lava Jato”. As comemorações ou preocupações políticas antecipadas de ambos os lados, é prematura, porque os publicitários ainda não foram ouvidos e nem se explicaram. Conheço caso em Manaus que levou à prisão de um médico, especificamente, que usou da palavra “feijão”, durante a escuta de uma investigação que existia entre peritos do INSS e médicos que forneciam laudos para aposentadoria. Anos depois, muitos profissionais foram absolvidos por falta de provas. Pelos investigadores da Polícia Federal, a palavra “feijão” fora interpretada como se fosse a designação de “propina”. Não estou afirmando que esse possa ser o caso com os dois publicitários presos, mas tudo é possível!
Como diz a letra da música “Estrela do Mar”, da saudosa Dalva de Oliveira, tudo começou com um pequeno grão de areia, em um posto de gasolina em Brasília. Ele era pobre e sonhava alcançar à presidência da República. Olhou para o céu e viu uma estrela vermelha e imaginou coisas do poder e que poderiam ser feitos com ele, quando assumisse o poder. Aparelhou o Estado e passaram-se anos, muitos anos. Viu a estrela vermelha na terra e o mar que se abria em forma de inúmeras possibilidades à frente. Nunca o “pobrezinho nordestino barbudo”, pode alcançar seu objetivo, nas tentativas que fizera porque sempre era derrotado pelo preconceito, mídia e pelos escândalos que lhe armavam. Se houve ou se não houve corrupção nas campanhas presidenciais do PT, como querem fazer crer seus adversários e o líder do partido negando veementemente essa condenável prática, não sei dizer. Mas posso garantir que as campanhas estão cada vez mais caras. Dizer que todos os recursos foram recebidos de forma legal e declaradas à Justiça Eleitoral, não é suficiente para provar nada. A origem do dinheiro não tem como ser checada por quem recebe e analisa as prestações de contas de campanha! O que importa é a origem e não o que vem depois!
Se houve ou se não houve alguma irregularidade nas campanhas e ou prisões dos dois marqueteiros da campanha, caberá ao juiz federal Sérgio Moro decidir. Primeiro, terá ouvi-los e dizer se sim ou não. Só sei que depois do trabalho bem-feito da venda de ilusões e promessas nunca totalmente cumpridas, surgiu uma estrela vermelha no mar de lama, toda suja de petróleo da corrupção. A estrela está sendo levada. Isso poderia ter acontecido muito antes, durante o Governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando o jornalista Paulo Frances denunciou que a Suíça estava servindo de lavanderia para diretores da estatal, ou no primeiro ou segundo governo do “não sei, não vi, não me comprometa e se disserem que sei e vi, negarei”.
Sei também que a estrela vermelha do PT está muito desbotada, desgastada e que a alternância de poder pelo voto, é salutar e necessária em toda em qualquer democracia que se preze. A alternância de poder na democracia deve vir sempre pelo respeito ao resultado das urnas e não pelo golpe que a “oposição”, quer perpetrar na marra contra a presidente Dilma Rousseff, que decidiu apurar todo o escândalo de corrupção na Petrobras, “doa a quem doer”!