"BRASILEIROS E BRASILEIRAS"
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Dentro da Feira, no dia 13 de fevereiro, notei um senhor educado, com mais idade do que meus 56 anos, muito revoltado, criticando duramente o Governo do PT, porque teria permitido à volta inflação e o desabastecimento de vários produtos, até da banana-prata, antes abundante e com preços baixos no passado, desapareceu quase que totalmente. Nem manga regional existia no dia, embora esteja em plena época de manga regional. Os preços sobem como balão de gás e quase nada desce como se fosse uma pedra caindo. A justificativa é sempre a mesma: aumentou tudo! Mas nenhum eleitor se assume como responsável pela crise, por ter escolhido muito mal os políticos que nos governam. Se não for tomada providência urgente, o governo não conseguir elaborar um orçamento suportável, baixar os impostos, realizar uma profunda reforma em todos os campos da decência no Brasil, poderá ficar quase igual ao que fora na presidência de José Sarney, quando a inflação atingiu o estratosférico índice de mais de 900% ao final de um ano.
Como faço desde que os médicos me aconselharam e aceitei não renovar a CNH, por problemas de saúde, acompanho minha esposa Yara Queiroz, à feira da Banana e depois do Supermercado DP. Tanto na Feira, como no Supermercado, tudo está subido e pouca coisa baixando, fazendo com que as compras de antes estejam sendo reduzidas. Como todos os brasileiros que vivem de salário ou aposentadoria, o Governo Federal também deveria seguir no mesmo caminho: reduzir os gastos e investimentos em sociais, mantendo só os essenciais como educação, habitação, saneamento, segurança e outros considerados urgentes, em vez tentar ressuscitar a não tão sepultada CPMF. O novo imposto, mesmo que temporário, causará uma queda de braço entre o Palácio do Planalto e o Senado da República, porque já o extinguiu uma vez, mesmo aprovado pela Câmara dos Deputados.
“Uma ex-guerrilheira não sabe administrar um país” bradava o senhor idoso, referindo-se ao passado de Dilma Rousseff, hoje presidente da República, eleita pelo voto popular, democraticamente, presidente do Brasil. Lembrei e decidi contar uma piada recorrente no Governo Sarney, do velhinho que fora ao motel com uma menina de programa muito nova. Se ajoelhou no meio do quarto e começou a recitar o mantra usado pelo ex-presidente sempre em cadeia nacional para anunciar subida de preços: “brasileiros e brasileiras”. O velhinho repetia o mantra e olhava para baixo. Como não subia nada, como esperava que ocorresse, foi ficando vermelho desmaiou e, ao ao ser socorrido, perguntaram por qual motivo ele ficara ajoelhado no meio do quarto e, tranquilamente, respondeu: “quando aquilo bigodudo vai para a televisão e diz essas palavras mágicas, tudo sobe. Só queria ver se meu falecido subia também”. O velhinho riu muito!
-Vamos, Carlos. Você conversa demais! Gritava minha esposa, segurando compras que acabara de realizar em uma banca da feira; pouca, por sinal. É incrível que não tenhamos encontrado manga para comprar: em plena safra de manga regional. Seguimos em frente, procurando cacho de banana-prata, mas também não existia. Pensei comigo mesmo: “o que está acontecendo”. Concluímos as compras da feira e seguimos para o supermercado. Também não encontramos manga, mas compramos uma palma de banana para fazer a vitamina do nosso filho!
Constarei de novo. Os preços estão proibitivos e tudo graças ao aumento dos preços públicos controlados pelo Governo: gasolina, energia elétrica e remédios. N o caixa do supermercado, a compra ultrapassou o valor de 300 reais. Entreguei meu Cartão de Crédito e pedi parcelar em duas vezes o valor da compra porque não tenho o poder de ressuscitar defunto.. Ufa, ainda bem que parcelaram! Ah, contara para o senhor idoso: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só conseguiu realizar os programas sociais graças ao presidente Itamar Franco que teve como Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Ele com seu plano real, estabilizou e domou a inflação, mas que não cortou-lhe a cabeça de morte, porque ela está voltando!