Escrever, quase todo mundo escreve, inclusive eu. Mas conscientemente o faço por puro diletantismo, por entender que voos mais altos neste mister exigem conhecimentos profundos sobre qualquer tema que se queira abordar de forma consentânea.

Em razão disso, limito-me a escrever abobrinhas sobre o cotidiano e alguns devaneios inconsequentes que assolam a minha mente, e sempre de um modo bem superficial e informal.

Afinal, o único propósito dessas minhas ilações é oferecer entretenimento a um determinado segmento que sinta alguma empatia pelo meu estilo, se é que alguma vez possuí algum. Não passa de um hobby como outro qualquer, e talvez produza mais satisfação a quem escreve do que a um eventual leitor. 
   
Com o advento da internet, muitas pessoas descobriram o prazer de relatar as suas experiências aos interlocutores, formando assim uma cadeia de escritores entusiastas que se disseminou descontroladamente pela rede mundial.

É lógico que alguns reúnem todas as qualificações necessárias para que se tornem, quem sabe, um dia escritores de fato, usufruindo dessa maneira do privilégio de pertencer a um grupo tão seleto.

Todavia, muitos vão  atravessar essa fase como meros aprendizes e/ou coadjuvantes literários. Porém, isso não será nenhum demérito, pois o exercício da escrita sempre abre novos horizontes e proporciona miríades de experiências pessoais, que ao final vão enriquecer as suas vidas notavelmente, ainda que permaneçam sempre nos bastidores.
Cronista
Enviado por Cronista em 21/02/2016
Reeditado em 23/11/2017
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