Ivan, o Terrível.

Quando da minha pré- adolescência na escolinha rural, onde estudava o Bê-a -bá, tinha um coleguinha de nome Ivan, O terrível. O garoto era( do cu riscado ) gíria da época. O garoto seria uma coincidência ou de alguma alusão histórica do Ivan o Terrível da Russia. Com 7 anos, eu ficava pensando o porquê desse apelido. Ele era maldoso, colocava formiga cabeçuda para morder as bundinhas de nenéns .. Esse ivanzinho, dentre as maldades; encharcou um gato com querosene e botou fogo e se divertia com o sofrimento do bicho.

Em todos livros que leio anoto em cadernos algumas passagem que aguça a minha curiosidade. Um dia desses relendo meus alfarrábios encontrei essa anotação, deste déspota russo. Fui ao Google, encontrei mais detalhe.

Por coincidência todos Ivans que conheci, quando não é reacionário, são chatos de galocha.

Anos mais tarde visitando uma penitenciária, tinha um preso de nome Ivan, de apelido; Terrível . O comentário era que ele atirava para ver o tombo. De poucas letras ficava implicado, o porquê dos ivans que conheci ter este estigma.

Lendo um livro de história geral sobre a Catedral de São Basílio na Rússia , construída no ano de 1561, a Catedral ficou excessivamente linda , o que fez o Czar que governava a Rússia, mandar furar os olhos do arquiteto da deslumbrante obra,para que não projetasse outra igual. Com certeza iria ser contratado por outros países. Antes li que mandou também furar os olhos do seu escultor. Soube que minha mãe queria que meu nome fosse Ivan, mas um tio dela, mestre de fazendas, “era professor contratado para ensinar filhos de agregados dos fazendeiros; ler, escrever e contar.” Certamente ele sabia deste Ivan, O Terrível. Quem sabe ainda encontro um Ivan gente boa.

Lair Estanislau Alves.