Sobre Pássaros e Liberdade
É preciso ser livre, moça. Deixar voar as borboletas do estômago que, querendo sair, batem as asas em protesto e agonia. Pessoas não são planetas pra ficarmos sempre presos em suas órbitas num ciclo constante de mendicância e carência quando o outro sequer saca a luneta pra nos observar.
Dentro de ti habita um pássaro, moça. E a melodia que dele emana sempre é tristeza se traduz solidão. A solidão é prisão sem chave, moça.
Queira bem à quem voa ao teu lado e torna-se árvore pro teu pássaro pousar numa tarde ensolarada de domingo. Vai lá, moça. Foge de quem só se aproxima de ti com o alçapão na mão...