A ULTIMA GOTA DO COPO
Crônica de:
Flávio Cavalcante
Gota transbordante é como uma parábola propriamente dita. Existem várias passagens bíblicas que transmitem mensagens de que o homem tem que ser controlado e paciente. É de fato um aprendizado árduo, mas, necessário para viver bem no mundo. Por mais paciente que o homem tenha que ser, muitas vezes a vida nos entrega fatos que realmente é beirando a impossibilidade de atingir esse nível de evolução. Somos iguais a um copo com uma porção de água. Ele tem um limite de suportar. E chega um momento que tem aquela última gotinha que no homem chamamos de paciência que insiste em ocupar o espaço do copo sem ter a mínima condição. Até onde vai a nossa paciência, então?
É condenável as pessoas que tem reações inesperadas por causa dessa última gota do copo?
No meu ponto de vista pra tudo na vida tem um limite e este tem uma hora que transborda igual a gotinha que transborda. Sai de um simples copo d,água para um imenso tsunami. É o momento que o ser humano aflora o seu lado que ele mesmo desconhece. O próprio Cristo segundo as informações bíblicas chutou o balde depois que descobriu que estavam fazendo da casa de Deus comércio.
Um homem sábio trabalhava com um ajudante numa minúscula sala de uma grande empresa. Eles compartilhavam da mesma função sendo que um era mais experiente que o outro. Havia uma disputa de egos. O cidadão inexperiente tinha um problema sério com o tal homem de experiência e esse problema chegava as altas extremidades do exagero. O outro, com a sua experiência de vida, convivia com o colega provocador de maneira paciente e madura. Na situação que se encontra o homem experiente ele também teve que ser sábio para lhe dar com a inveja, a prepotência e principalmente a imaturidade do colega. Esta, que se não souber dar limites pode ser vil e o pior sem responsabilidade alguma.
Não há erro quando se faz algo errôneo sem ter o mínimo conhecimento do que é certo e o que é errado.
Tudo na vida tem a sua hora certa e o momento certo. E pra cada momento e hora tem o seu limite e quando esse limite perde o controle dessa noção, a situação pode ter uma resposta inesperada e o homem por não conseguir controlar seus impulsos em alguns casos, faz com que se perca totalmente a vergonha e o caráter.
Ser paciente define com veemência a maturidade espiritual do homem. Nesse patamar ele delibera que não há mais espaço para compor o copo. É importante saber o limite. Ter a consciência de comando no seu eu interior jamais irá deixar esse copo transbordar. Mas, mesmo que ocorra a fatalidade, o momento de refletir se faz necessário. E o recomeço agora com mais maturidade, automaticamente sua mente já recebeu ordens e deflagrando regras para a mente que não há mais espaço para nenhuma gota d'água lhe dando a oportunidade na vida de um belo recomeço.
Flávio Cavalcante