RELÓGIO DA SAUDADE

O relógio pendurado na parede, mudava rapidamente os ponteiros, mas seus olhos teimavam em ver marcado ali seis horas. Hora em que ela saía para pegar um trânsito louco e chegar ao trabalho.

Naquele amanhecer ele lembrou mais ainda dela.

Lembrou de seus olhos ao acordar, da boca quando sorria e lembrou nitidamente de seu último beijo.

Respirou fundo, assim poderia sentir a respiração dela entranhando em seu íntimo.

Levantou e foi direto ao fogão aquecer seu café matinal, mas faltava algo.

Era o leite morno, do qual ela ela tanto gostava.

Carmem Regina Oliveira
Enviado por Carmem Regina Oliveira em 16/02/2016
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