RELÓGIO DA SAUDADE
O relógio pendurado na parede, mudava rapidamente os ponteiros, mas seus olhos teimavam em ver marcado ali seis horas. Hora em que ela saía para pegar um trânsito louco e chegar ao trabalho.
Naquele amanhecer ele lembrou mais ainda dela.
Lembrou de seus olhos ao acordar, da boca quando sorria e lembrou nitidamente de seu último beijo.
Respirou fundo, assim poderia sentir a respiração dela entranhando em seu íntimo.
Levantou e foi direto ao fogão aquecer seu café matinal, mas faltava algo.
Era o leite morno, do qual ela ela tanto gostava.