ANALFABETISMO. ANALFABETISMO FUNCIONAL. REPRESENTAÇÃO POLÍTICA.

O analfabetismo absoluto tem treze milhões a quatorze milhões de brasileiros.

O Analfabetismo funcional, configurado como limitação para redigir textos singelos sem muitos erros e principalmente compreendê-los é um vasto e impressionante número entre os brasileiros, trinta e cinco milhões aproximadamente.

Aproximados cinquenta milhões à margem do entendimento, compreensão é especiaria para poucos.

Analogicamente temos um retrato sociológico político-institucional brasileiro em números. Incontestável. Os números fazem o “noves fora”.

São 141 milhões de eleitores inscritos, como em memória estatística gravado pelo último pleito presidencial. Votaram 115 milhões, essa quantificação foi às urnas. Metade em disfunção absoluta ou relativa.

É só uma constatação, numérica, sem críticas aos desfavorecidos de maior discernimento, não são culpados, estão sujeitos às condições de penúria conhecidas. Movem-se pela necessidade, o que é legítimo. Voto é interesse.

Critico somente aqueles que por anos seguidos negaram educação ao povo, entre outros direitos, para que esses direitos em maior escala fossem absorvidos e possibilitassem escolhas melhores.

No momento mundial, nada melhor que a computação aliada à comunicação entre pessoas e globalmente, para subsumir, inferir mesmo para os de maior rusticidade compreensiva, quadros de amostragem.

Li ontem por aqui alguém que disse saber estar sendo roubado,mas não muda de posição. É psicótico,ninguém quer o mal para si depois de conscientizado.

O analfabetismo funcional acelera seus passos no Brasil, é só frequentar a internet em toda sua dimensão, sites, blogues, manifestações em geral, este o instrumento maior e capaz de racionalizar, radiografar. Basta dizer que aqueles que pouco tempo usufruíram melhorias em razão de condições pontuais, agora cassadas – moeda estável, reservas e importação de commodities - defendem os desvios confessados. Puro analfabetismo funcional.

E destaque-se, o título de Mestre outorgado somente para quem faz mestrado ou concedido em lei pela notabilidade de cargos ou doutoramento, “rola” na dicção de internautas dirigidos a qualquer um que mal sabe rudimentos da gramática, muito menos conhecimento geral ou articula algo de interessante em ideias, a não ser simplórias comunicações,legítimas, mas comuns,tolas. E estamos cheios de tantos professores, há uma escola virtual permissiva, aceita por esse alunado satisfeito com iguais.

É a velha disfunção, analfabetismo funcional instalado com largueza. Aceita-se qualquer coisa.... O analfabetismo político e o funcional andam de braços dados. São irmãos gêmeos univitelinos, idênticos. É só avaliar números.

Não faz muito tempo, a inscrição para participar do pleito, ser eleitor, evidentemente necessitava do requerimento que deveria ser preenchido pelo requerente nos espaços em branco, local de nascimento, filiação, etc.

Como os pretensos eleitores só sabiam desenhar seus nomes, os funcionários do cartório preenchiam o requerimento indagando filiação, nascimento e data, domicílio, etc.

Revogada essa permissão, ou seja,os requerentes deviam preencher requerimentos do próprio punho, sem auxílio cartorário, de forma a não inscreverem-se analfabetos, a inscrição caiu em 70%. Lamentável situação que não se erradica.

Conforme dados de 2005 do IBOPE, no Brasil o analfabetismo funcional era de 75% da população que não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas.O problema maior está na região Nordeste.

Essa situação de tão altos números de analfabetismo funcional no Brasil deve-se à baixa qualidade dos sistemas de ensino público e à falta de hábito e interesse de leitura do brasileiro. Não mudou para melhor.

Falar em Europa e sua cultura milenar, seria e é exacerbar comparativamente, continente do renascimento, da cultura sofisticada, que lê Proust, Tolstoi e tantos outros, e onde todos estão nas praças com livros nas mãos. Falemos na cópia brasileira, no copismo por gosto imitativo, os EUA, país em que no metrô Sidney Sheldon e Daniele Steel, paupérrimos em literatura de estirpe, transitam nas mãos dos americanos. Enfim, leem.

O Brasil em educação faz muito tempo, está de cabeça para baixo. Pela representação política, os eleitos, com raríssimas exceções, constata-se o preparo dos representados, lastimável, confira-se a internet, ultimamente isto tem se agravado, enfim chega-se a uma desastrosa situação como a atual. Analfabetismo funcional e político estão de mãos dadas em tudo e por tudo.

Os números analógicos não deixam dúvidas, a internet só corrobora.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 15/02/2016
Reeditado em 15/02/2016
Código do texto: T5544414
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