Disse aos meus colegas que eles vacilaram comigo.
Eu não sabia que eles se reuniriam na última quinta-feira, logo após as cinzas momescas. Nos anos anteriores o encontro, objetivando combinar ações para o ano letivo, não me interessou.
Dessa vez pesquisei a data, mas não tive êxito. Um desses colegas tem dois celulares, o número que liguei insistia em cair na caixa.
Na noite de quinta eu consegui o outro número, ele atendeu e comentou que a reunião estava ocorrendo exatamente naquele instante.
Fiquei superchateado, imaginei saltar o mais alto penhasco e raptar a vizinha gostosa efetuando uma cruel tortura num abandonado local.
Realmente fiquei P da vida apesar de detestar o Grupo Dominó.
Não foi difícil deduzir que a informação circulou via WhatsApp.
Meus colegas compõem um grupo que troca animados papos, espalha fofocas leves, divide receitas de bolo, aprova ou não as piadas as quais Faustão costuma contar, enfim, ele usa demais o bendito aplicativo.
Uma querida colega esclareceu o “desencontro”.
Admito que peguei pesado com ela, pedi perdão.
Os outros, até agora, nada explicaram.
Minha ex falou não trabalhar à noite. Antes do Carnaval, indaguei sobre a data, ela revelou que a reunião do diurno aconteceria na segunda.
Por que não informar que houve a alteração?
Se o diurno alterou a data, a lógica aponta alterar o noturno.
Bastava minha ex oferecer um rápido e gentil aviso:
_ Ilmar, o diurno estará reunido, conforme mudança, na quinta.
Quanto aos outros, tirando a estimada colega que não merecia a crítica, devem estar mais preocupados com as receitas de bolo.
Por que perder tempo avisando a Ilmar isso ou aquilo?
_ Ilmar que vá catar coquinhos.
* Analisando o assunto percebi que, sem WhatsApp, sou uma vítima, mas eu também posso ser considerado um grande culpado.
No meio das mil ocorrências que são divulgadas, o tempo todo, correndo nosso tão agitado planeta, alguém pode alegar ignorância caso tenha perdido o noticiário ou esquecido de conferir as últimas?
Não pretendo adentrar o grupo do WhatsApp, mergulhando nessa onda dos dias modernos, porém o fato sugere uma ótima reflexão, permitindo até que eu invente um provérbio.
Eu não sabia que eles se reuniriam na última quinta-feira, logo após as cinzas momescas. Nos anos anteriores o encontro, objetivando combinar ações para o ano letivo, não me interessou.
Dessa vez pesquisei a data, mas não tive êxito. Um desses colegas tem dois celulares, o número que liguei insistia em cair na caixa.
Na noite de quinta eu consegui o outro número, ele atendeu e comentou que a reunião estava ocorrendo exatamente naquele instante.
Fiquei superchateado, imaginei saltar o mais alto penhasco e raptar a vizinha gostosa efetuando uma cruel tortura num abandonado local.
Realmente fiquei P da vida apesar de detestar o Grupo Dominó.
Não foi difícil deduzir que a informação circulou via WhatsApp.
Meus colegas compõem um grupo que troca animados papos, espalha fofocas leves, divide receitas de bolo, aprova ou não as piadas as quais Faustão costuma contar, enfim, ele usa demais o bendito aplicativo.
Uma querida colega esclareceu o “desencontro”.
Admito que peguei pesado com ela, pedi perdão.
Os outros, até agora, nada explicaram.
Minha ex falou não trabalhar à noite. Antes do Carnaval, indaguei sobre a data, ela revelou que a reunião do diurno aconteceria na segunda.
Por que não informar que houve a alteração?
Se o diurno alterou a data, a lógica aponta alterar o noturno.
Bastava minha ex oferecer um rápido e gentil aviso:
_ Ilmar, o diurno estará reunido, conforme mudança, na quinta.
Quanto aos outros, tirando a estimada colega que não merecia a crítica, devem estar mais preocupados com as receitas de bolo.
Por que perder tempo avisando a Ilmar isso ou aquilo?
_ Ilmar que vá catar coquinhos.
* Analisando o assunto percebi que, sem WhatsApp, sou uma vítima, mas eu também posso ser considerado um grande culpado.
No meio das mil ocorrências que são divulgadas, o tempo todo, correndo nosso tão agitado planeta, alguém pode alegar ignorância caso tenha perdido o noticiário ou esquecido de conferir as últimas?
Não pretendo adentrar o grupo do WhatsApp, mergulhando nessa onda dos dias modernos, porém o fato sugere uma ótima reflexão, permitindo até que eu invente um provérbio.
Em terra de cego
quem tem um olho é rei
quem tem um olho é rei
Eu arriscaria dizer que: Em tempo de WhatsApp
se quem tem é pouco solidário
quem não tem é louco ou otário
quem não tem é louco ou otário
Um abraço!