O ANDAR DAS COISAS

O melhor do associativismo poético é a confraternidade que se faz por si, sem ajustes prévios. No inicial, é o coração que se achega, forte no gosto estético, no gozo das palavras. Depois vem a cuca, que a cada encontro vai formatando vertentes, arroios, rios de admiração... Enfim, o correr da água nos mostra a necessidade de estarmos juntos e convivermos com as diferenças, no mundo fático. Ainda resta o “must”: como nós concebemos este andar das coisas no reino da farsa e da fantasia. Tudo reforça a vitalidade da expressão de Ortega y Gasset: eu sou eu e minhas circunstâncias...

– Do livro O PAVIO DA PALAVRA, 2015/16.

http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/5542335