Reis do Recanto (244)
Acolho o alerta de Balbacch - apendicular aos seus dois textos mais recentes - e registro aqui a sua liderança inconteste no placar recantiano da semana que corre. E corre bem, no ritmo das leituras que advêm: só agora, para a composição na dianteira, Distante de ti eu sonho! quase seis vezes cem - enquanto o Magrão do Planalto e eu, vamos pouco além do vintém...E que os anjos não digam amém. Esperança a gente inda tem.
E Ilmar, consolidado habitué das sumas alturas do Recanto, crava o terceiro e o quinto postos, deixando o quarto à mercê de Saturno, que representa o Desafio de Terror, edição 26, do Recanto, iniciativa que muito cativa e de sensações ao leitor não priva. Talvez coubesse melhor divulgá-la mais junto à nossa confraria que, definitivamente, parece ter feito opção preferencial pela poesia. Mas a maioria dos sites literários que tenho visitado exibe também, e de forma vigorosa, essa tendência. A poesia parece ser forma atávica de melhor se expressarem os sentimentos. E como na sua maioria eles são de amor e afeição, mais espaço ocupam, ocuparam e ocuparão.
E me vem aqui, a propósito, tema que até já devo ter metido numa das insondáveis páginas deste nosso RL. É uma historieta de Bilac, o príncipe dos poetas do Brasil. E, sem surpresa, com toda justeza. Bilac, no verso, era craque. Mas sem fraque? É o risco e riso que ele correu quando ao seu alfaiate, Augusto da Paz, um dia acorreu: tava precisando urgentemente duma indumentária para atender um convite de premiação de concurso do qual havia participado, um hino vibrante de uma República apenas nascente.
O problema, contudo, e contado, eram as finanças. Com elas, Olavo era um desastre. Devia, bebia, na poesia caía, mas pagar não soía. E Augusto primeiro recusou terminantemente a lhe fazer o fraque. Mas Olavo, que não era muito de xibiu, não desistiu. Queria porque queria aparecer vestido de tizil. E tanto insistiu que Augusto da Paz anuiu. Mas, atenção, sob uma estrita condição: Olavo teria que meter seu nome numa de suas sempre belas composições, que agradavam mentes e corações.
Duas semanas depois eis que, salão repleto, Olavo em seu cintilar sempre indiscreto, acompanhado do amigo dileto, ouve a execução de sua canção vencedora da competição:
˜Salve lindo pendão da esperança, salve símbolo, Augusto da Paz...˜
DISTANTE DE TI EU SONHO!
RONALDO BALBACCH
Poesias > Amor 08/02/16 576
NÃO SOSSEGUEI PORQUE TE AMO!
RONALDO BALBACCH
Poesias > Amor 10/02/16 400
QUEM TOPA TIRAR A MÁSCARA?
Ilmar
Crônicas 07/02/16 354
Morrer de amor - DTRL26 Duplas
Saturno o Vampiro
Contos > Terror 08/02/16 303
A NAVE VOLTA OU NÃO VOLTA?
Ilmar
Juvenil 08/02/16 249