DESEJAMOS UM BELO JARDIM, NÃO A JARDINAGEM.
Sempre sonhei com um belo jardim, grama verdinha, viçosa e flores belas e cheirosas como um portal da minha moradia. Mas, comecei a enfrentar um desafio que eram as ervas daninhas. Eu não queria, porém, todas as vezes que aguava a grama e as flores, também, nutria as danadinhas. Inúteis? Nem tanto.
Eu desejei o jardim, não as ervas daninhas. A questão é que elas vieram juntas. E agora tenho que conviver com esta dualidade o jardim e as ervas daninhas. O bem e o mal, o belo e o feio (talvez). Em breve receberei alguém muito esperado. Por trinta e cinco anos desejei esta visita, que em uma semana acontecerá. Preciso agora cuidar do jardim. Chamei minhas filhas: uma de quase quinze e outra de quase oito anos e expliquei a missão. Inicialmente não notei muito entusiasmo com a empreitada. Expliquei o motivo do cuidado com o jardim naquele momento, da chegada tão desejada do amigo que nunca tinha pisado no meu jardim.
Falei que deveríamos ter bastante cuidado, pois essas plantinhas rasteiras eram menor que a grama e estavam bem nutridas, pois elas também se beneficiavam com tudo que de bom fazíamos para o jardim. Expliquei que tínhamos que ter um olhar diferenciado. Primeiramente, observar um pouco distante, localizar as danadinhas, depois tirá-las. Tínhamos que ir com cuidado, não poderíamos pisar aleatoriamente, porque dificultaria a tarefa.
Para aumentar o entusiasmo e motivação falei de uma recompensa. Cada plantinha retirada elas receberiam R$ 0,50 (cinquenta centavos). Entretanto, não poderia ser de qualquer jeito. A danadinha tinha que sair inteira com a raiz. Deveríamos iniciar pelo reconhecimento das folhas, desceríamos palpando pelos finos ramos, afastando a linda grama, segurando firme no tênue caule e finalmente puxar com cuidado toda a plantinha com sua raiz. Para facilitar o trabalho poderíamos molhar o jardim, mesmo que isso a nutrisse mais. Contudo, deixaria a terra mais úmida, facilitando a extirpação daquela espécie.
Também, deveríamos concentrar o nosso trabalho nas plantinhas já crescida, as pequeninas raramente sairiam com a raiz. E a retirada precoce poderia fortalece-las. Falei então que na vida também precisamos desse tempo para a s coisas e a para as pessoas. O tempo facilita o reconhecimento e fortalece as nossas escolhas. Expliquei que tudo aquilo estava acontecendo porque nós tínhamos feito um escolha de ter um jardim. Falei também que a erva daninha não era a vilã, ela não era boa ou ruim, simplesmente ela existia e fazia seu papel existencial: nutrir-se, crescer e sobreviver como uma planta, como tantas outras.
Não esqueci de falar, também, que deixar ou não a plantinha daninha no nosso jardim era um embelezamento do nosso ponto de vista. Não existia nenhuma verdade nisso. Elas entenderam que a estética era algo muito individual. E quanto mais autênticos nos tornamos, mais belos seremos.
Disse ainda da minha motivação para cuidar do jardim naquele momento. Não me importaria com as opiniões dos outros ou até mesmo com a beleza do jardim do vizinho. Nós tínhamos o nosso motivo. Mas, sei que não suportaria ficar sem dar uma olhadinha no jardim ao lado. Faz parte da natureza humana.
Foi assim jardinando, em conversa suave, que falei com minhas filhas sobre Freud, Shopenhauer, Nietzsche, Sócrates, Nelson Rodrigues e técnicas empresariais de motivação. Falei sobre desejos, individualidade, a moral do bem e do mal, estética e a natureza humana. Cuidar do jardim é um boa opção.
Falei que deveríamos ter bastante cuidado, pois essas plantinhas rasteiras eram menor que a grama e estavam bem nutridas, pois elas também se beneficiavam com tudo que de bom fazíamos para o jardim. Expliquei que tínhamos que ter um olhar diferenciado. Primeiramente, observar um pouco distante, localizar as danadinhas, depois tirá-las. Tínhamos que ir com cuidado, não poderíamos pisar aleatoriamente, porque dificultaria a tarefa.
Para aumentar o entusiasmo e motivação falei de uma recompensa. Cada plantinha retirada elas receberiam R$ 0,50 (cinquenta centavos). Entretanto, não poderia ser de qualquer jeito. A danadinha tinha que sair inteira com a raiz. Deveríamos iniciar pelo reconhecimento das folhas, desceríamos palpando pelos finos ramos, afastando a linda grama, segurando firme no tênue caule e finalmente puxar com cuidado toda a plantinha com sua raiz. Para facilitar o trabalho poderíamos molhar o jardim, mesmo que isso a nutrisse mais. Contudo, deixaria a terra mais úmida, facilitando a extirpação daquela espécie.
Também, deveríamos concentrar o nosso trabalho nas plantinhas já crescida, as pequeninas raramente sairiam com a raiz. E a retirada precoce poderia fortalece-las. Falei então que na vida também precisamos desse tempo para a s coisas e a para as pessoas. O tempo facilita o reconhecimento e fortalece as nossas escolhas. Expliquei que tudo aquilo estava acontecendo porque nós tínhamos feito um escolha de ter um jardim. Falei também que a erva daninha não era a vilã, ela não era boa ou ruim, simplesmente ela existia e fazia seu papel existencial: nutrir-se, crescer e sobreviver como uma planta, como tantas outras.
Não esqueci de falar, também, que deixar ou não a plantinha daninha no nosso jardim era um embelezamento do nosso ponto de vista. Não existia nenhuma verdade nisso. Elas entenderam que a estética era algo muito individual. E quanto mais autênticos nos tornamos, mais belos seremos.
Disse ainda da minha motivação para cuidar do jardim naquele momento. Não me importaria com as opiniões dos outros ou até mesmo com a beleza do jardim do vizinho. Nós tínhamos o nosso motivo. Mas, sei que não suportaria ficar sem dar uma olhadinha no jardim ao lado. Faz parte da natureza humana.
Foi assim jardinando, em conversa suave, que falei com minhas filhas sobre Freud, Shopenhauer, Nietzsche, Sócrates, Nelson Rodrigues e técnicas empresariais de motivação. Falei sobre desejos, individualidade, a moral do bem e do mal, estética e a natureza humana. Cuidar do jardim é um boa opção.