Como aprendi a escrever...
Eu, uma menina de cabelos longos e volumosos, uma verdadeira juba; sentava na primeira fileira. Tímida e medrosa,tremia só de pensar que uma pessoa adulta, diferente de meus pais, era meu superior; só de pensar na professora, tinha vontade de ir embora. Um medo irracional, pois a professora Ana Maria,era um ser angelical.
Toda a apreensão se devia ao fato de em casa ter recebido orientações que se houvesse algum problema ou reclamação, haveria represálias, então tudo se encaminhava de modo mais produtivo.
Bom, voltemos à aula, naquela época a alfabetização se fazia aos sete anos, e somente pessoas de poder aquisitivo tinham condições de matricular filhos no Pré, pois era particular.
Quando aquela mulher alta, loira, perfumada e sorridente adentrou a sala, o mundo terrível se desmanchou, parecia que Ana Maria, flutuava e não andava, tal era sua elegância e leveza. O primeiro medo se diluiu, agora restava a luta com as palavras, aquela grafia na cartilha, um amontoado de símbolos e letras, como decifrar?
A professora Ana Maria após apresentação mandou que abríssemos os cadernos, e ali começava a tarefa, escrever. Ela escreveu na lousa a letra A em forma cursiva e pediu que copiássemos, e ali foi com jeito, orientando uns aqui, outros ali, como manejar o lápis na mãozinha e fazer uma bola e puxar um rabinho na dita letra. Assim foi até a hora do intervalo ,outrora conhecido como recreio.
Após o intervalo pegamos a cartilha e ali estava a letra A e sua correspondente figura para nos lembrar, no caso Arara, e logo a seguir várias palavras com a letra A, parecia assustador, mas Ana Maria, logo tranquilizou a todos, dizendo que as palavras para quem não as conhecia, seriam facilmente entendidas, bastava apenas um pouquinho de atenção e calma.
Fim de aula, o caderno encontrava-se com 2 páginas cheias da letrinha A, de forma que se juntavam e fácil foi depois prosseguir com o B e as demais letrinhas.
Hoje, vejo as crianças da escola, já tão habituadas com smarthfones, vídeo-games, todas já alfabetizadas, pois o Pré de acordo com a LDBE, é obrigatório. As crianças na fila, ficam agitadas, conversam, falam de e-mails, do facebook,e estão tão despreocupadas , sem receio, de adentrar esse universo de palavras, onde os signos e significados te levam a decifrar esse maravilhoso mundo da escrita.
No meu caso houve uma pessoa especial que me ensinou a conhecer as palavras e delas gostar,a ela sou muito grata, pela paciência e didática que mostrou ao ensinar o básico,à turma de 1979.
Àquela professora,Ana Maria, sou eternamente grata.
Toda a apreensão se devia ao fato de em casa ter recebido orientações que se houvesse algum problema ou reclamação, haveria represálias, então tudo se encaminhava de modo mais produtivo.
Bom, voltemos à aula, naquela época a alfabetização se fazia aos sete anos, e somente pessoas de poder aquisitivo tinham condições de matricular filhos no Pré, pois era particular.
Quando aquela mulher alta, loira, perfumada e sorridente adentrou a sala, o mundo terrível se desmanchou, parecia que Ana Maria, flutuava e não andava, tal era sua elegância e leveza. O primeiro medo se diluiu, agora restava a luta com as palavras, aquela grafia na cartilha, um amontoado de símbolos e letras, como decifrar?
A professora Ana Maria após apresentação mandou que abríssemos os cadernos, e ali começava a tarefa, escrever. Ela escreveu na lousa a letra A em forma cursiva e pediu que copiássemos, e ali foi com jeito, orientando uns aqui, outros ali, como manejar o lápis na mãozinha e fazer uma bola e puxar um rabinho na dita letra. Assim foi até a hora do intervalo ,outrora conhecido como recreio.
Após o intervalo pegamos a cartilha e ali estava a letra A e sua correspondente figura para nos lembrar, no caso Arara, e logo a seguir várias palavras com a letra A, parecia assustador, mas Ana Maria, logo tranquilizou a todos, dizendo que as palavras para quem não as conhecia, seriam facilmente entendidas, bastava apenas um pouquinho de atenção e calma.
Fim de aula, o caderno encontrava-se com 2 páginas cheias da letrinha A, de forma que se juntavam e fácil foi depois prosseguir com o B e as demais letrinhas.
Hoje, vejo as crianças da escola, já tão habituadas com smarthfones, vídeo-games, todas já alfabetizadas, pois o Pré de acordo com a LDBE, é obrigatório. As crianças na fila, ficam agitadas, conversam, falam de e-mails, do facebook,e estão tão despreocupadas , sem receio, de adentrar esse universo de palavras, onde os signos e significados te levam a decifrar esse maravilhoso mundo da escrita.
No meu caso houve uma pessoa especial que me ensinou a conhecer as palavras e delas gostar,a ela sou muito grata, pela paciência e didática que mostrou ao ensinar o básico,à turma de 1979.
Àquela professora,Ana Maria, sou eternamente grata.