DENGUE E ZIKA INFESTAM A BAHIA. Chikungunya, menos!
O noticiário desta semana deixa-nos preocupadíssimos quanto à evolução da epidemia das doenças transmitidas pelos mosquitos aedes aegypti (odioso do Egito), no Brasil, em particular, na nossa Bahia. As autoridades federais marcaram o dia 12, hoje portanto, para o início do mutirão nacional de combate ao vil inseto. O ministro da Defesa Aldo Rebelo (PCdoB), convocou forças militares do Exercito, Marinha e Aeronáutica para entrar na ‘guerra’ contra o ‘odioso do Egito’, tradução ao pé da letra deste elemento que parece ser o flagelo do século XXI, mas que nos vem atormentando desde os anos 1900, quando uma epidemia de febre amarela matou milhares de pessoas no Rio de Janeiro e o sanitarista Oswaldo Cruz, que dá nome à FIOCRUZ, estatal de pesquisa e que desenvolve vacinas e soros contra doenças endêmicas, quase foi linchado pela população tresloucada, desinformada da época.
Parece que os tempos não mudaram tanto. Vimos no noticiário de hoje, 12 de fevereiro de 2016, que um jovem universitário faleceu em Itabuna, na Bahia, vítima da Dengue Hemorrágica. Segundo a matéria da TV Santa Cruz, afiliada da Globo, o jovem, de apenas 22 anos, procurou o hospital público em Itabuna com sintomas da dengue e na segunda oportunidade, apresentava sangramento nas gengivas. Medicado, foi para casa e quando deram conta, estava morto. Ao final, a repórter anotou que 12 mil casos de dengue e Zika foram registrados em Itabuna, cuja população é de cerca de 140 mil pessoas. É um caso de emergência nacional e não estamos vendo as ações efetivas do governo.
Em Salvador, a TV Bahia anuncia que ‘ a ressaca do Carnaval’ vai continuar. Que há quem queira Carnaval o ano todo e outras pérolas. É neste país, onde a Saúde Pública é tratada como ‘uma obrigação que incomoda’ a maioria dos prefeitos, governadores e à própria esfera federal da administração, ‘não está nem aí’, que teremos como combater os mosquitos e dar cabo das doenças por eles transmitidas? A resposta, infelizmente, é não. Não temos governo, nos três níveis. Não há responsabilidade dos entes federados e a população não está levando a sério esta que pode vir a ser a maior desgraça que já se abateu sobre o Brasil em todos os tempos. Se a corrupção na PETROBRAS bateu recorde mundial, DENGUE, ZIKA e Chikungunya, se colocadas como algo secundário, poderão balançar de vez todas as esperanças de um Brasil que tanto sonhamos.
Estamos cansados de discursos evasivos, seja lá de quem for. Queremos ação. Prefeitos, governadores, presidente da República que baixem atos de emergência, proibindo aglomerações e que se juntem para erradicar o mosquito maldito, o tal do ‘odioso do Egito’. Ou fazem isso ou nos preparemos para enterrar nossos mortos.