Casario
Casario
Rua de minha infância...
Tempo em que a simplicidade falava mais alto...
... O sol não “queimava”, aquecia...
... Na noite o frescor, não o temor...
Casario...
Imagem que o tempo não apaga da mente...
Flores enfeitando os portais, assim, sem lugar certo, mas de beleza impar...
Casario...
Ruas pequenas, estreitas, mas aconchegantes...
Janelas e portas na calçada, onde gente simples e cordial jogava “conversa fora”, enquanto passavam-se os instantes...
Cheiro de pão caseiro, comida de fogão á lenha...
Ah! Essa recordação me trás água na boca e lágrimas aos olhos...
Saudade que chega a doer...
Hoje... Casas lindas, mansões, conforto, jardins planejados, avenidas... Refeições industrializadas... Carrões... Gente correndo... Não sei o porquê e nem pra onde...
Ah! Eu sinto muito... Essa gente perdeu a poesia da vida simples...
Onde a amizade era mais presente e a humildade “falava” com a gente...
Casario...
Recordações... Tempos passados, agora já distantes, lembranças presentes e constantes, de quem um dia viveu essa poesia...
Casario... Tempo de uma vida relembrada e “sentida”, através da tela, “imagem poesia” de uma pintora com alma de poeta.
Casario... Símbolo de um tempo, que o próprio tempo, não tem mais tempo de recordar!