Após a Itaipava passar a patrocinar a Fonte Nova, jamais pisei lá.
 
Quando derrubaram o antigo estádio querido, levaram minhas emoções. Jamais visitaria um lugar que traz, no nome, a marca de uma cerveja.
O esporte não deve ofertar as mãos a quem estimula o vício ou objetiva ressaltar um produto o qual causa desequilíbrio e ameaça o bem-estar.
 
Então, Ilmar, ir ao grande estádio acabou?
Para mim deixou de existir essa descontração, pois eles podem até levar minhas emoções, mas a vergonha, eu garanto, ninguém me rouba.
 
* Nesse Carnaval os ambulantes de Salvador só puderam vender uma cerveja. Não foi a Itaipava, dessa vez a Schin comandou a festa.
Penso que a imposição, confirmada num contrato o qual definiu como seria o patrocínio do evento, não limitou apenas os vendedores.
O folião só conseguiu saboreou a cerveja que eles escolheram.
 
Atrapalhando a suposta paz carnavalesca, uma tremenda confusão se formou, os ambulantes protestaram, os trios saíram atrasados, a polícia surgiu valente e truculenta.
A prefeitura atenuou o problema, culpou um grupo o qual, segundo ela, decidiu bagunçar. Afirmou que o monopólio foi combinado antes e não começou a ocorrer em 2016.
 
O esclarecimento apresentado me fez perceber que a alegria baiana, se algum dia abraçou a democracia, também sofreu uma demolição.
São os novos tempos inspirando os cassetetes caso não obedeçamos às absurdas regras impostas as quais confundem as mentes atordoadas por uma cerveja bastante ruim.
 
* Meus jogos de futebol acabaram e a folia popular nunca o mundo real provou, contam nossos avós que sempre escolheram a pinga preferida.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 10/02/2016
Reeditado em 10/02/2016
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