O colo de Lucélia
O mundo inteiro rendeu-se aos encantos da Escrava Isaura, depois de avassalar corações e mentes no Brasil. Nos primeiros anos da década de oitenta, lançada na Polônia a novela virou paixão nacional. Tanto creram e criam as pias e isoladas do mundo senhoras polacas na veracidade da trama que chegaram a consultar a Embaixada sobre como se estabelecer um fundo para a aquisição da alforria da pobre menina branca. Não me ocorre se vieram a propor uma punição exemplar para o carrasco Leôncio.
A segunda viagem do Papa Wojtyla à sua terra natal já não causou tamanho frisson como a passagem de Lucélia - que na tela protagonizou Isaura - por Varsóvia. Seria a oportunidade para elevá-la à dignidade dos altares?
No ano de 89 foi a vez da Indonésia receber a visita televisiva de Isaura. Como então a tv no arquipélago já estivesse bem aberta e variada, a retumbância da novela já foi bem circunscrita, embora mantivesse níveis razoáveis de audiência para um programa inédito, que fugia aos padrões da indústria televisiva americana principalmente.
A preocupação, no entanto, surgiu com o decote de Lucélia, por sinal, nada ousado, conservador até demasiado. Foi o colarzinho da moça, guiado por um insidioso crucifixo que causou pânico ao então Embaixador no país, um Guimarães de nome e raiz.
Sua excelência temia que aquele minúsculo mas fervoroso adereço, poderia ser interpretado pela sociedade local - em mais de 95% muçulmana - como uma ostentação indevida, um insulto à islamia ali que nos propiciava tão gentil acolhida.
Chegou a falar com a Globo, a produtora e distribuidora da novela, mas recebeu ouvidos moucos ao seu brado de alerta. Mas aparentemente menos alertas ao seu clamor estavam os muçulmanos muçumanamente
se deleitando com o nívio e sensual colo da sofrida cativa. E só não entendiam porque o perverso Leôncio não se empenhava em tipo mais proveitoso e suave de perversão...
O mundo inteiro rendeu-se aos encantos da Escrava Isaura, depois de avassalar corações e mentes no Brasil. Nos primeiros anos da década de oitenta, lançada na Polônia a novela virou paixão nacional. Tanto creram e criam as pias e isoladas do mundo senhoras polacas na veracidade da trama que chegaram a consultar a Embaixada sobre como se estabelecer um fundo para a aquisição da alforria da pobre menina branca. Não me ocorre se vieram a propor uma punição exemplar para o carrasco Leôncio.
A segunda viagem do Papa Wojtyla à sua terra natal já não causou tamanho frisson como a passagem de Lucélia - que na tela protagonizou Isaura - por Varsóvia. Seria a oportunidade para elevá-la à dignidade dos altares?
No ano de 89 foi a vez da Indonésia receber a visita televisiva de Isaura. Como então a tv no arquipélago já estivesse bem aberta e variada, a retumbância da novela já foi bem circunscrita, embora mantivesse níveis razoáveis de audiência para um programa inédito, que fugia aos padrões da indústria televisiva americana principalmente.
A preocupação, no entanto, surgiu com o decote de Lucélia, por sinal, nada ousado, conservador até demasiado. Foi o colarzinho da moça, guiado por um insidioso crucifixo que causou pânico ao então Embaixador no país, um Guimarães de nome e raiz.
Sua excelência temia que aquele minúsculo mas fervoroso adereço, poderia ser interpretado pela sociedade local - em mais de 95% muçulmana - como uma ostentação indevida, um insulto à islamia ali que nos propiciava tão gentil acolhida.
Chegou a falar com a Globo, a produtora e distribuidora da novela, mas recebeu ouvidos moucos ao seu brado de alerta. Mas aparentemente menos alertas ao seu clamor estavam os muçulmanos muçumanamente
se deleitando com o nívio e sensual colo da sofrida cativa. E só não entendiam porque o perverso Leôncio não se empenhava em tipo mais proveitoso e suave de perversão...