Inteligência e Raciocínio
A inteligência nasce com o ser humano, é uma faculdade inata a todos, muito embora muitos teimam em classificá-la por classe social, o que é irreal e injusto.
No entanto, são vários os fatores que entendemos possam influenciar no desenvolvimento da inteligência do ser humano, dentre os quais, sem dúvida, está o meio social e as dificuldades enfrentadas na luta pela sobrevivência.
Certamente, a desnutrição da criança desde o momento que nasce até ao chegar na idade escolar, é uma das causas que influencía pesadamente, no seu desenvolvimento mental, deixando-a em desvantagem com outras, cujas famílias são de maior poder aquisitivo e, conseqüentemente, com melhores condições de receber alimentação completa e sadia.
Toda planta deve ser cultivada para brotar e produzir bons frutos. O ser humano, também não foge a essa regra. Por isso é indispensável que, desde cedo, a inteligência e o raciocínio sejam adequadamente desenvolvidos.
Com tudo isso, não é correto afirmar que determinada pessoa não seja inteligente, porque todo ser humano a possui embora muitos não a tenha desenvolvido adequadamente.
Dessa forma, o fato de alguém não demonstrar lucidez para determinado empreendimento, não significa que não seja inteligente ou que seja “burra”, como popularmente se diz. Pode ser que essa pessoa não esteja exercitando sua inteligência, pois ela tem que ser exercitada desde o momento em que a criança vem ao mundo, isto porque é necessário haver um desenvolvimento adequado da massa mental, para que se desenvolva e não chegue à estagnação.
Cada indivíduo tem sua maneira de desenvolver sua atividade mental direcionando sua inteligência para uma determinada área do conhecimento humano.
Considerando por exemplo, duas profissões distintas: um pedreiro e um Arquiteto. O pedreiro, que na maioria dos casos não freqüentou nenhuma faculdade, tem inteligência hábil direcionada para construir um prédio com suas próprias mãos e através da planta elaborada pelo Arquiteto. Por outro lado, o Arquiteto constrói o mesmo prédio através da elaboração de uma planta usando sua inteligência e a intelectualidade, na cadência de sua teoria própria.
Temos aqui duas inteligências distintas, cada uma com seu louvor. Outro exemplo, são os índios com seus trabalhos artesanais, cujas minúcias de detalhes traduzem a inteligência inata, carregada hereditariamente.
Sendo assim, é inadmissível estabelecer-se qualquer pré-conceito com relação ao trabalho braçal e o intelectual, dizendo ser aquele menos qualificado que este, pois ambos têm sua excelência e sua importância em qualquer obra.
Nesse contexto, entendemos que o ser humano poderá a qualquer momento de sua existência, desenvolver sua inteligência e exercitá-la.
Alguns dos meios mais práticos e adequados para o desenvolvimento, da mente, é exercitar o raciocínio através da leitura constante de livros e jornais, ou o desempenho de alguma atividade prática que traga prazer, uma vez que tais exercícios, lubrificam e desenvolvem o cérebro, livrando os neurônios da indesejada imobilidade permanente.
Portanto, lendo ou escrevendo o indivíduo vai engraxando sua massa craniana, aprendendo a cultivar as letras, num constante desafio à sua imobilidade e ao mesmo tempo se equiparando aos demais estudiosos.