Mais uma vez, o tempo!
O tempo é realmente algo interessante sobre o que se pensar, e escrever é lógico. Fico pensando em quantas coisas ocorrem conosco e com o mundo ao nosso redor, enquanto ele passa.
Hoje me peguei pensando em fatos do passado e em como eu queria que naquele momento as coisas fossem diferentes. O tempo parecia não passar e nem amenizava a dor que eu sentia. Apenas me perguntava o porquê de tudo aquilo, mas minha voz ecoava solitária, sem resposta.
A gente costuma ouvir que o tempo cura tudo. Hoje sei que na verdade ele não cura, apenas amadurecemos e a nossa visão sobre o mundo muda completamente. E hoje, passado alguns anos de tão cruel sofrimento, percebo que eu deveria passar por tudo aquilo que passei para que me tornasse quem sou hoje: uma mulher mais segura de mim, com vontade própria e que possui a sua singular forma de viver.
Não gostaria de voltar ao passado e apagar os erros, nem apagar os erros cometidos contra mim. Tudo isso faz parte da construção do meu Eu, e sem isso não seria quem sou.
Quem me vê, não sabe do caminho que trilhei e nem me conhece profundamente. Poucas são as pessoas que lhe dão a oportunidade de conhece-la no mais íntimo do seu ser. Julgamentos rasos, com base no que se vê ou se ouviu não me importam. Importa realmente quem corre ao meu lado, e a quem principalmente viu a minha alma. E a esta posso dizer que não dou passe livre a alguém, sem que antes eu tenha visto a sua.