DOMINGO DE CARNAVAL

Nada me acalma. Posso ver vídeos onde músicas lindas dão ao mundo um tom esverdeado maravilhoso, mesmo assim minha mente está a mil... O que faço é tentar não acreditar num mundo real o qual estamos e reinvento um novo eu, mais alegre com verdades duvidosas sobre as quais pensamentos de outrem são iludidos ao me dar um conceito. Esses buscavam em suas memórias respostas àquele que dançava no salão repleto de pessoas. Olham tentam elucidar o que me levaria a dançar carnaval numa tarde de domingo. Outros, no entanto, não me percebem e me cruzam como um impostor. Um dançarino de falsas verdades a começar pela sua idade numa dança de salão de uma matinê carnavalesca. Uma alegria verdadeira de uma tarde de domingo me chegou, e fiz acreditar que minha vida não seria mais a mesma se não dançasse marchinhas de carnaval. No começo me senti um inadequado ao mundo que ali estava, mas aos poucos uma criança toma conta do meu ser, do meu interior, e certa tristeza aflora e revivo algo que já existiu em minha vida e memórias de pessoas que se foram surgiram e parei de requebrar. Meus olhos se encheram de lágrimas e o adulto tenta retomar seu posto. Mas, com muita astúcia minha mente sem um controle como aquele do filme “Click”, me fez lembrar dos entes queridos como se fosse uma referência nostálgica. De forma, impressionante essas lembranças não me deixaram triste. Eles se foram, mas ficaram na minha mente e me deram força para me alegrar novamente. E assim começou meu carnaval. Todos eram meus conhecidos meus irmãos e irmãs. Brincamos e cantamos as marchinhas de carnaval como um único bloco de cordão do carnaval. Uma alegria misturada à esperança e lembrança fluiu sobre uma tarde de domingo, diferente até então de todas as outras. Um caos tomou conta do meu pensamento e queria fazer algo para me alegrar e não fazer da alegria algo que deveria esperar. Forcei ser alegre pelo menos um dia e consegui. E fico com uma frase de Johann Goethe “A alegria não está nas coisas está em nós”

Baltasar Garcia
Enviado por Baltasar Garcia em 07/02/2016
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