Na última sexta-feira decidi pagar contas pendentes.
Aproveitando a boa folga carnavalesca, encarei o Itaú.
Profunda decepção eu provei, pois mais de cem pessoas, alquebradas, espremidas, indignadas, foram outra vez desprezadas pela insensível agência localizada nas Cajazeiras (famoso bairro da cidade).
A única dose de alegria surgiu quando lembrava que não voltarei à cruel agência. Meus futuros débitos serão modestos (nas casas lotéricas só é possível pagar contas até 700 reais), portanto escaparei do sofrimento terrível, não me aborrecerei mais visitando o Irritaú.
Em dezembro formalizei uma reclamação contra o Itaú, responderam que buscariam tornar o atendimento decente e respeitoso.
Não cumpriram a promessa.
* No meio do desespero, desodorantes vencidos e palavrões cabeludos, confirmei que muitos cidadãos baianos são indiferentes ao Carnaval.
Enquanto as propagandas e reportagens sugerem que apenas sabemos fazer festas, a maioria trabalha, ganha o pão abençoado de forma digna, acorda cedo almejando suar a camisa.
Não existe somente Carnaval em Salvador.
Os sérios problemas permanecem depois da inútil algazarra, seguem afligindo o povão todos os dias, sem folga, impedindo nascer a vontade de ir às ruas pular atrás dos trios.
* Dessa vez troquei pular os cômodos por pular a fogueira das multas caso as contas avançassem atrasadas.
O Irritaú abusou demais dos maus tratos ofertados, quase desmaiando na perversa fila escutei lamentos compondo a enorme revolta crescente.
Ninguém recordou que, no centro da cidade, a folia esquentava.
Usar máscaras escondendo os rostos ou vestir os abadás, caros e lindos, parecia uma tremenda bobagem.
* Os verdadeiros desocupados e vagabundos continuam lá, curtindo os camarotes nos quais ninguém precisa pagar coisa alguma, rindo à toa, enchendo a cara, repetindo letras bastante toscas, composições pobres embalando artistas tão ricos.
Cá, no mundo dos mortais, eu prefiro pagar as contas, nunca atrasar, enfrentando as gentilezas que os bancos costumam tanto oferecer.
Um abraço!
Aproveitando a boa folga carnavalesca, encarei o Itaú.
Profunda decepção eu provei, pois mais de cem pessoas, alquebradas, espremidas, indignadas, foram outra vez desprezadas pela insensível agência localizada nas Cajazeiras (famoso bairro da cidade).
A única dose de alegria surgiu quando lembrava que não voltarei à cruel agência. Meus futuros débitos serão modestos (nas casas lotéricas só é possível pagar contas até 700 reais), portanto escaparei do sofrimento terrível, não me aborrecerei mais visitando o Irritaú.
Em dezembro formalizei uma reclamação contra o Itaú, responderam que buscariam tornar o atendimento decente e respeitoso.
Não cumpriram a promessa.
* No meio do desespero, desodorantes vencidos e palavrões cabeludos, confirmei que muitos cidadãos baianos são indiferentes ao Carnaval.
Enquanto as propagandas e reportagens sugerem que apenas sabemos fazer festas, a maioria trabalha, ganha o pão abençoado de forma digna, acorda cedo almejando suar a camisa.
Não existe somente Carnaval em Salvador.
Os sérios problemas permanecem depois da inútil algazarra, seguem afligindo o povão todos os dias, sem folga, impedindo nascer a vontade de ir às ruas pular atrás dos trios.
* Dessa vez troquei pular os cômodos por pular a fogueira das multas caso as contas avançassem atrasadas.
O Irritaú abusou demais dos maus tratos ofertados, quase desmaiando na perversa fila escutei lamentos compondo a enorme revolta crescente.
Ninguém recordou que, no centro da cidade, a folia esquentava.
Usar máscaras escondendo os rostos ou vestir os abadás, caros e lindos, parecia uma tremenda bobagem.
* Os verdadeiros desocupados e vagabundos continuam lá, curtindo os camarotes nos quais ninguém precisa pagar coisa alguma, rindo à toa, enchendo a cara, repetindo letras bastante toscas, composições pobres embalando artistas tão ricos.
Cá, no mundo dos mortais, eu prefiro pagar as contas, nunca atrasar, enfrentando as gentilezas que os bancos costumam tanto oferecer.
Um abraço!