A Máscara
Em pleno carnaval, muitos se divertem, e colocam suas máscaras para folia.
É impressionante ver o amor que as pessoas tem pelo carnaval contagia a muitos, eu admiro quem gosta nunca me senti integrante desta festa.
O que observo, na minha humilde passada pelo tempo, é que existem pessoas que possuem um amor tão grande pela festa, que seguem a usar suas máscaras e fantasias ao longo do ano.
Pra mim, é como se o carnaval se estendesse de ano após ano, e tão engraçadas são as máscaras usadas.
São os de direita, a os da esquerda, os do meio, e o povo como plateia de circo, ri e come pipocas. Máscaras, na saúde, educação, taxas e impostos absurdos. A justiça cega, cega pra quem esta na pobreza e na desigualdade. Ora vejo, Curinga, ora vejo, palhaço, mas o herói não foi escolhido por ambos os lados.
Cada um está ocupado de mais com seus interesses que se desligam, do bem comum. O mundo está tomado de uma covardia tão grande, que a maioria escolhe o mal caratismo como fantasia, e sai dissipando sua praga, pelos caminhos.
Fico a pensar, se há alguém que se questione sobre a situação em que vive nossa sociedade?
Parecem todos estar tão confortáveis, tão estáveis, tão sublimes.
Até chego a pensar, que não existe nenhum problema a ser resolvido ou reivindicado. Pois é tanta satisfação, é tanta alegria, é tanto prazer de uma vida, que só pode ser uma maravilha.
A máscara já faz parte da vida de muitos, por isso me sinto tão estranha entre muitos. É como estar rodeado de muitos e sentir-se em uma completa solidão.
Pra mim, eu prefiro ainda a máscara de pepino e Hamamélis.