Como os bons vinhos

Quando envelhecemos, começamos a esquecer as coisas mais recentes e a lembrar com mais intensidade o passado. Nada mais natural. No meu caso acentuei ainda mais o meu desprezo pela opinião pública: acho que vale menos que um cheque sem fundos. Detalhe: não sei os outros mas eu fui perdendo certas inibições e o receio de falar na lata o que sinto. Penso: para que pisar em ovos com medo de retaliações? Por que temer a raivazinha de meia dúzia de botocudos e grãfinos de marré-deci? Era só o que faltava!, temer desagradar uma sociedade que fede mais que chiqueiro de porcos? Fiquei também com mais repulsa ainda dos chamados santinhos do pau oco e dos politicóides de rabo preso.

Não que tenha me tornado um véio pandêgo, debochado, palhaço. Nada disso, mas fiquei ainda mais consciente e decidido, algupem que segura o que come e que não se envergonha da sua história de vida. Alguém que decidiu raspar o cororó da vida com dignidade sem ser capacho de ninguém, Um homem que sabe que é uma besteira grande se refugiar dentro dos templos parfa tentar limpar a barra com Deus.

É isso aí, achoque envelhecer é algo natural, uma fase digna e linda da vida. Vou seguindomeu caminho, com humor, esperança, fpé em Deus e tentando ser feliz, achando que devemos envelhecer como os bons vinhos, tornando-nos melhores e nunca azedar, sem virar vinagre. E sem perde jamais a ternurae os sonhos. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/02/2016
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