O ANO DE 2016 COMEÇOU COMO TERMINOU EM 2015!

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O ano político começou no Brasil de 2016 como terminou em 2015!

Como fato novo e não tão novo assim, o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, mais uma vez usou de seu poderes no cargo e conseguiu adiar pela oitava vez seguida, o pedido de perda de mandato feito pelo Procurador Geral de Justiça, Rodrigo Janot. Contra ele, três processos foram abertos e novas denúncias surgiram, além das que já existiam. Enquanto isso, o ex-presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal o Armando Coelho Neto, garante que a operação “Lava Jato”, não está investigando ou combatendo a corrução porque seria apenas uma guerra sem armas contra o PT com seletivos vazamentos de notícias contra o partido. Contra os outros partidos, também envolvidos, nada seria divulgado. Segundo Coelho Neto, por trás dessa manobra estariam estriam pessoas interessadas em tirar a presidente Dilma Rousseff, do poder, mesmo sem ter qualquer denúncia de corrupção contra ele. Contudo, contra a presidente, que corre o risco sim, de ser afastada pelo impeachment, mesmo nada existindo contra ela. Coelho Neto, acusou a imprensa de ser maliciosa. Ou seja, 2015 foi embora, 2016 chegou e as denúncias continuaram iguais. De acréscimos só existe a concreta falta de credibilidade de uma parte da classe política, tanto da oposição quanto da situação. Como oposição e situação não existem mais no Brasil multipartidário e cheio de corrupção, os estatutos da Delação Premiada para pessoas físicas ou da Leniência, para empresas que se envolvem em corrupção segredo entre duas pessoas, agora só pode existir segredo entre duas pessoas se uma delas falecer ou se quem o revelou confia muito na outra, mesmo correndo o risco de ser pego pela delação premiada ou leniência. Caso contrário, deixa de ser segredo e se espalha como um rastilho de pólvora, como ocorre com a investigação da operação Lava Jato, que Coelho Neto diz que não está apurando nada! Tenho dúvidas se não esteja mesmo!

Do fato batido, rebatido e ridículo também, os politicos citados como corruptos negaram tudo, alegam que as “doações partidárias foram legais” e que tiveram suas prestações de contas aprovadas pela justiça eleitoral. O problema, contudo, não reside nesse ponto, do legal ou ilegal, da prestação de contas aprovadas ou não; está na origem ilegal da doação, fruto de corrupção investigada pela Operação Lava Jato e seus vários desdobramentos que apuram desvios na diretoria da Petrobras. Enquanto o trem da corrupção vai passando pela estrada da “Lava Jato” - que começou em um posto de lavagem - continua seguindo lenta mas de forma correta por várias estradas do Brasil, muitas cheias de buracos e outras crateras enormes. O certo mesmo é que o país está cada vez mais se afundando na descrença em sua economia, na irresponsabilidade com a coisa pública, falta de planejamento e derrapagens que o trem dá ao longo do percurso, tudo o que o ex-presidente Coelho Neto, admite que existe no Governo Dilma Rousseff, ressalvando, porém, seu caráter de honestidade absoluta. Quanto mais se lava o trem da corrupção mais fatos novos vão sendo revelados, sujando de lama, a já desacreditada classe política que se perpetua no poder. Por culpa exclusiva da sociedade coletiva eleitora, a classe política brasileira não se renova : os bons devem voltar e continuar pelo voto. Os corruptos não devem ser banidos da vida política do Brasil. A campanha eleitoral se tornou muito cara e em quem manda é o poder do dinheiro. No Brasil de tantos impostos, quem é honesto, não tem mais dinheiro!

É triste, mas é real e não se pode negar que uma grande parte da classe política brasileira, que deveria ser acima de qualquer suspeita, está sendo investigada pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção. Todos negam e dizem que “todas as doações foram legais e declaradas ao Tribunal Eleitoral”. Os partidos que assim agem, esquecem que a origem primária da doação foi de fonte ilegal e ilícita. Os partidos devem pensar que todos os eleitores são analfabetos. O certo mesmo é que toda a sociedade apodreceu, está errada. Até programas sociais são fraudadas, as isenções concedidas pelo governo foram transformadas em lucro. Mas contra a Dilma Rosseff continua honesta e correta e tem dado meios para a Polícia Federal trabalhar.

Apesar de tudo isso, ao contrário do que querem fazer crer pelas redes sociais e nas defesas desesperadas dos políticos do PT, no primeiro dia de volta das aulas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não está sendo vítima de perseguição da imprensa. Onde existe fumaça, também existiu fogo antes. Cada vez que o Instituto Lula explica uma denúncia, mais denúncias com provas aparecem. Documentos são mostrados pela imprensa. Esse é o papel da imprensa: informar e não criar ou inventar fatos. Tenho lido em e-mails e comentários pelas redes sociais, de que a imprensa de “direita e marrom” como se dizia no passado, estaria voltado a agir para jogar pedra no ex-presidente, potencial candidato em 2018. Como jornalista e calejado na atividade em várias áreas, garanto que não é verdade e reafirmo que onde existe fumaça é porque existiu fogo, antes. Os bombeiros do Ministério Público precisarão fazer o rescaldo, separar o joio do trigo e enviar à justiça, que fará a denúncia ou não.

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 04/02/2016
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