A gente vê por aqui ...

Dengue, mata! Chikungunya mata! É muita Zika. AIDS mata? Bota camisinha, bota meu amor! Mas no escuro. A luz ta cara. É carnaval! Logo tem eleição. Aquele ali não fez nada. Voto de novo não. O chão tremeu mas em mim nem doeu. Quem tem coragem de dar um olho da cara pra encher o tanque do carro? Pega um balde meu amor, ta pingando sangue da TV. Opa, deixa pra lá! A escola campeã vai desfilar. Não. Não é a pública. Esquece isso, vem sambar. Me apetecem as dúvidas ... o que me dá medo são as certezas. Xii acabou a água. É por causa da enchente. Sai da frente que atrás vem gente. Culpa desse tempo louco. Espera um pouco, vou jogar meu lixo aqui. Não quero essa sujeira ‘enfeiando’ minha fachada, nesse terreno não tem nada. Meu Deus, esse jornal não tem nada de bom pra dizer? As coisas boas pararam de suceder? É tanta corrupção. Preconceito? Invasão de privacidade? Existe ou não? Ai. Espera. Meu peito ta um pouco pesado. O pulso que ainda pulsa parece levemente cortado.

“Os robôs já existem, é preciso reinventar os seres humanos.”

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo.

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 04/02/2016
Reeditado em 04/02/2016
Código do texto: T5533414
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