Wenceslau Brás em Monte Santo
Luiz Carlos Pais
Luiz Carlos Pais
A biografia do político mineiro Wenceslau Brás Pereira Gomes é extensa e envolve um capítulo pouco conhecido, quando iniciou a carreira de advogado e promotor municipal de Jacuí, berço do sudoeste mineiro. Logo em seguida, em 1896, foi nomeado para o cargo de promotor de justiça de Monte Santo, na mesma região mineira. Dezoito anos depois assumiria, pelas vias da política do café com leite, a presidência da República, em 1914, quando iniciou a primeira grande guerra do século XX.
Natural da cidade de São Caetano da Vargem Grande, atual Brasópolis, onde nasceu em 26 de fevereiro de 1868, filho de um conhecido chefe político na região de Itajubá, onde faleceu aos 98 anos de idade, em 1966. Após concluir o curso jurídico na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1890, iniciou carreira no sudoeste mineiro. Foi em Monte Santo que iniciou os primeiros passos na política. Foi eleito vereador e presidente da câmara, em paralelo com suas atividades de promotor e advogado. Na continuidade carreira, ocupou diferentes cargos eletivos em Minas e foi eleito vice-presidente da República, em 1910, na chapa do eleito presidente Hermes da Fonseca.
Retornando a Monte Santo, uma busca no acervo digitalizado da Biblioteca Nacional permite folhear a primeira edição do jornal “O Monte Santo”, que circulou no dia 1º de janeiro de 1896. Um semanário dirigido por João Frade Bala, que também exercia as funções de escrevente da comarca da referida cidade, quando o advogado Severino Rezende exercia o cargo de Juiz de Direito. O editorial de lançamento do semanário expressava o compromisso discursivo de investir esforços para atender “aos mais isentos ideais republicanos” e que a proposta do jornal seria apenas a busca do bem público. Essa apresentação deixa transparecer que se tratava de um empreendimento pioneiro no jornalismo do sudoeste mineiro, que tendo poderosos elementos de progresso, era de admirar-se que não tivesse um periódico para representar a opinião pública e pugnar esforços pelos direitos e interesses vitais dessa zona. Embora desde a década de 1870 tenha existido um jornal em Passos, que circulou pouco tempo, é relevante registrar esse pioneiro órgão da imprensa em Monte Santo.
Para retornar ao distante tempo, transcrevemos uma notícia sobre a existência de linhas telefônicas na região: “Já alguns dos nossos concidadãos montessantenses têm em suas casas os aparelhos da linha telefônica. Muitos pedidos têm sido feitos por fazendeiros e a linha telegráfica para Mococa prossegue em franca atividade. Consta-nos que em São Sebastião do Paraíso foi muito bem recebida a ideia de unir aquele município com este e com Mococa.”
Para finalizar, conforme notícia publicada no jornal de Monte Santo, em 1896, os advogados Wenceslau Brás e Aristides Castelo Branco tinham sido exitosos na defesa de um julgamento no tribunal do júri. Momentos pontuais e locais, propícios para o formato de uma crônica, de uma história cuja importância vai muito além das férteis terras cafeeiras do sudoeste mineiro.
Natural da cidade de São Caetano da Vargem Grande, atual Brasópolis, onde nasceu em 26 de fevereiro de 1868, filho de um conhecido chefe político na região de Itajubá, onde faleceu aos 98 anos de idade, em 1966. Após concluir o curso jurídico na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1890, iniciou carreira no sudoeste mineiro. Foi em Monte Santo que iniciou os primeiros passos na política. Foi eleito vereador e presidente da câmara, em paralelo com suas atividades de promotor e advogado. Na continuidade carreira, ocupou diferentes cargos eletivos em Minas e foi eleito vice-presidente da República, em 1910, na chapa do eleito presidente Hermes da Fonseca.
Retornando a Monte Santo, uma busca no acervo digitalizado da Biblioteca Nacional permite folhear a primeira edição do jornal “O Monte Santo”, que circulou no dia 1º de janeiro de 1896. Um semanário dirigido por João Frade Bala, que também exercia as funções de escrevente da comarca da referida cidade, quando o advogado Severino Rezende exercia o cargo de Juiz de Direito. O editorial de lançamento do semanário expressava o compromisso discursivo de investir esforços para atender “aos mais isentos ideais republicanos” e que a proposta do jornal seria apenas a busca do bem público. Essa apresentação deixa transparecer que se tratava de um empreendimento pioneiro no jornalismo do sudoeste mineiro, que tendo poderosos elementos de progresso, era de admirar-se que não tivesse um periódico para representar a opinião pública e pugnar esforços pelos direitos e interesses vitais dessa zona. Embora desde a década de 1870 tenha existido um jornal em Passos, que circulou pouco tempo, é relevante registrar esse pioneiro órgão da imprensa em Monte Santo.
Para retornar ao distante tempo, transcrevemos uma notícia sobre a existência de linhas telefônicas na região: “Já alguns dos nossos concidadãos montessantenses têm em suas casas os aparelhos da linha telefônica. Muitos pedidos têm sido feitos por fazendeiros e a linha telegráfica para Mococa prossegue em franca atividade. Consta-nos que em São Sebastião do Paraíso foi muito bem recebida a ideia de unir aquele município com este e com Mococa.”
Para finalizar, conforme notícia publicada no jornal de Monte Santo, em 1896, os advogados Wenceslau Brás e Aristides Castelo Branco tinham sido exitosos na defesa de um julgamento no tribunal do júri. Momentos pontuais e locais, propícios para o formato de uma crônica, de uma história cuja importância vai muito além das férteis terras cafeeiras do sudoeste mineiro.