A ditadura que não passa

Ouvi de uma jovem na 'casa' dos vinte um pedido questionável E com firmeza mostrei as razões que tinha para não me pronunciar a respeito. Numa época onde o belo é valorizado pelo aspecto 'vitrine', percebi que mais uma vítima estava esperando minha aprovação sobre algo que vivo com o pé atrás. As pessoas estão se colocando na condição de embalagem pra presente, e dessa paranoia estou fora.

Um moço se depara com o desabrochar do amor. O coração fica encantado pela dita jovem acima citada e que à primeira vista não percebe o impacto que sua presença causa na mente fértil, no coração desejoso de se entregar completamente à eleita dos seus olhos. Mas existe uns entraves: cultural e social.A distância também é uma barreira, mas o maior 'Everest', é que ele nasceu com uma deformidade que já lhe levou à sala de cirurgia por sete vezes.

Eles passam de oito a dez horas conversando por celular. Ele abre o coração. Ela mais cautelosa, me pede socorro. Numa hora dessa o que dizer? Como entregar a lição de casa pronta? Ah, se a vida fosse assim! Nem tudo se resolve com conselho, opinião do outro. Tem que aprender por decisões próprias. Tem que ouvir o coração, mas também aprender a usar a razão para pensar, pesar os pós e contras, dialogar, revelar-se com sinceridade e integridade. Porque uma coisa que aprendi na vida foi que o que pode ter dado certo pra Maria, pode não dar certo para João. O que deu errado para Joana pode dá certo para Tomás. Então, o jeito é ir juntando as experiências, prestando atenção ao redor, não agir como se tivesse apostando uma corrida, e valorizar a pessoas pelo que elas são - nem todas as vezes acertamos, claro. O resto, vem naturalmente.

Ione Sak

Ione Sak
Enviado por Ione Sak em 01/02/2016
Código do texto: T5529704
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