E que seja belo ...

Uma vez, li uma frase do Chaplin que dizia “Gosto dos meu erros, não quero prescindir da liberdade deliciosa de me enganar”. Acredito que cada um saiba o que se aproveita ou não dos seus erros particulares, mas talvez a liberdade e a delícia de nos enganar esteja exatamente naquele pequeno prazer de nos sentir certos sobre as decisões. Nunca fui uma pessoa com total clareza sobre o que quero ou o que devo fazer. Insegurança esta, que faz das minhas escolhas sempre um caminho inesperado, e assim, me fazendo voltar diversas vezes. Muitas delas sem a coragem necessária pra fazer de novo, pra se desculpar, pra se gostar e ir em frente. Ainda penso que fazer o que o coração pedia seria o mais certo, mas sinto que o fiz sempre nas horas erradas. Tomei atitudes que ninguém esperava de mim. Quebrei tabus...regras...amarras. Perdia num minuto e Vencia no outro. Pedi perdão várias vezes em silêncio e perdoei outras tantas da mesma forma. Muitas vezes, mais deliciosos que alguns de meus próprios enganos, são as lembranças que guardo deles. E lembrar disso com tanta nostalgia, seja talvez o que venho fazendo de mais errado no momento. Mas quando penso no caminho que estou agora, e reflito sobre as coisas que fiz, nas que poderia ter feito, nas idéias e planos que deixei, sempre me pergunto: acertei ou errei? E a resposta é sempre a mesma: eu não sei, pois ainda estou caminhando. Às cegas, talvez. Mas da maneira mais bonita que encontrei.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo.

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 28/01/2016
Reeditado em 28/01/2016
Código do texto: T5526055
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