Madrinha, lavou tá novo

Todo coroa. creio, deve lembrar do tempo do machismo radical. Exemplo: o sujeito só casava com uma moça se ele fosse virgem, e diziam abertamente: - Só caso se a dona for zero quilômetro!. E a prova dos nove era na chamada "noite de núpicias" (que expressão horrível!). Era quando a noiva tinha que provar que era mesmo virgem, zero quilômetro. E se não fosse? Pensem na bronca. Lembro de um causo que era muito contado:um sujeito casdou com uma moça, e na hora da chamada prova dos nove (outra expressão medieval e machista) , descobriu que ela não era mais virgem. Resultado, pegou a moça e devolveu-a ao pai, justificando brabo e ofendido o fato da noiva não ser virgem, agiu como um consumidor que devolve uma mercadoria com defeito. E contavam que o pai da coitada da noiva devolvida ainda se desculpou com o ex-genro pedindo perdeão pelo ultraje. Detalhe: tanto a Igreja Católica como a justiça anaularam o casamento. A moça devolvida teve que deixara cidade. Estava falada e virara piada. Outrocaso era lembrado, mas este teve final feliz. Uma moça tive um affair tórrido com um viajante de laboratório,cochilou e... Depois criou juízo,diziam, e noivou com um comerciante, este pensando, claro, que ela ainda era virgem. Quando chegou perto do casamento o problema foi entregue a uma velhota astuta, ela resolveu a parada. Instruiu o pai da moça que chamou o noivo para uma conversa em casa. Depois de conversarem muito, o pai com muito cuidado disse ao comerciante que não queria que ele cassasse com sua filha e depois se arrependesse e agissse como que fora lesado. E então afirmou que sua filha quando era mocinha um dia resolveu subir numa árvore e, resultado, caiu e teve um problema sério, inclusive nessa queda devido a ter caído sobre uma pedra de ponta perdera o cabaço, disse assim mesmo, essa palavra horrível, por isso era tão calada e meia triste (a dona era a mais anaimada da terra). O comerciante se comoveu com a franqueza e honestidade daquele pai e futuro sogro. Relevou o problema na hora e disse que casaria assim mesmo e que seria uma honra para ele, que cabaço eracoisa de somenos importância, uma besteira. E foram muito felizes no casamento. Mas de vez em quandoele nãoentendia porque os mais velhos quando o viam com a mulher ficavam sorrindo.

Hoje é diferente, virgindade não é probbela. De jeito nenhum.Liberou geral. a bem da verdade a maioriacha virgindade um defeito, um atraso, incompetência. O que vale é a felicidade pós-casamento. às vezes nem é necessário ser radical no quesito fidelidade. Na verdadevivemos na época do "lavou tá novo". É uma época muito melhor. Há mais uma histoprinha verdadeira e atual: dizem que um sujeito no sertão (de cabra macho) estava de casamento marcado com uma moça que era mais rodada que fusquinha 69, aí a madrinha do sujeito chamou-o às falas: - Rapaz, não case com essa moça não que ela é furada! Ele riu que engasgou e disse: - Madrinha, eu não queroela para carregar água não, ela não é lata, mas para casar, o que passou, passou. Madrinha, lavou tá novo. Acabou mesmo o obscurantismo. Essa exigência da moça ser cabaço jáera, foi pro beleléu, é alvo atpé de piada. É outro tempo. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 27/01/2016
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