Um amigo me escreve:
 
“Caro Coslei, estive no Rio Grande do Sul, num pequeno município, em missão de trabalho. Livre dos afazeres, quis explorar a noite local e conheci uma mulher lindíssima que se apresentou como Risonete. Desaprovo galhofas com quem quer que seja, mas toda vez que eu precisava chamar a menina, vinha a imagem de estar pedindo um salgadinho no balcão da lanchonete (risonete de carne ou risonete de queijo?). Fiz-me de indiferente e segui adiante. Casada, a moça não queria se expor e concordou que deveríamos procurar um lugar reservado, me sugeriu um motel na região vizinha. Pegamos o carro e partimos. Ao atravessarmos a entrada para a outra cidade, pude ler sobre o portal a inscrição “Bem-vindos a Mussum”.  Desfrutar da Risonete em Mussum esvaziava qualquer apelo erótico da situação, mas não desisti. Finalmente, alcançamos o motel. Ao avistar o nome do estabelecimento, entrei em pânico, tive a mais absoluta certeza que iria surgir o João Kleber acompanhado dos cinegrafistas do “Teste de fidelidade”. Já não havia mais afrodisíaco capaz de salvar aquele encontro. Comer a Risonete, num lugar chamado Mussum e dentro do Motel Sigilus era um escárnio do destino. Definitivamente, a vida nos usa para escrever piadas.”
Alexandre Coslei
Enviado por Alexandre Coslei em 27/01/2016
Reeditado em 27/01/2016
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