As ruas esperam nossos retornos
Eu vejo em Temer, Dilma de calça comprida. Doravante não reconhecerei mais em ambos, qualquer diferença. Farinha do mesmo saco, pronto. E falando em oposição, cadê o Aécio neves? Sumiu. Ultimamente tenho lido e ouvido, nas rodas de amigos, a sua possível entrada no hall dos investigados e chamados para depor na Operação lava-Jato. Será? O pior de toda essa sujeira governamental, é, sem qualquer sombra de dúvidas, a anímica sobrevivência do partido dos Trabalhadores e do próprio governo Dilma Rousseff.
As últimas pesquisas eleitorais continuam a mostrar o Lulinha Paz e Amor com o mais alto índice de rejeição entre os outros candidatos a Presidente nas próximas eleições. Menos mal. Esse modelo político desse moço, já velho, agora, precisa ser desmontado para sempre. ´Penso nele como em algum lugar aonde possa ter acontecido um acidente nuclear, tipo Chernobyl, e, portanto, precisamos de distância. No meu entendimento, o PT foi criado com uma máscara muito maior do que poderia ser na realidade, enquanto partido político e ou algo mais. A revolução se misturava com o partido. O vermelho que lhe representa frente às “reinas fatigadas” sejam elas as do poeta ou as nossas, reverberam uma bandeira de revoltas misturada com um desejo de abafar os que galgaram prestígio político e as famílias que enriqueceram de forma proba. Parece que para eles, ser rico é um pecado mortal. Melhor ser miserável e continuar agitando as ruas em nome de uma igualdade que terminou por comprometer seus principais líderes. Alguns presos e outros tentando encobrir seus erros.
Nunca vi um Senado e uma Câmara tão dependentes do STF. O último tem demonstrado sua robustez diante dos impasses nascidos no Congresso nacional. Não consigo entender os discursos dos Ministros do Supremo. Uma hora pensamos que dirão o que as ruas querem ouvir, noutras vezes o absolutamente diferente.
Passamos um Natal magro, um Réveillon igualmente magro. Os shoppings centers do país não deslancharam em suas vendas de fim de ano. A PETROBRAS está quase no fundo do poço, porque na bolsa da São Paulo já chegou há dias. O preço de suas ações está melado pela lama da lava Jato, e ainda há o bloco dos parlamentares que acham que o Impeachment de Dilma não seja a solução moral e governamental para o país trilhar outros rumos que não o que puseram indevidamente. O que falta mais acontecer? O mundo se acabar? Um meteoro acertar Brasília em dia de grande patuscada?
Há uma pedra no caminho do Brasil, há uma pedra, e não é a Drumonniana, não, é um entrave desmetaforizado que está fazendo o país retroceder, alimentando o desemprego, a inflação, a desordem geral e o “oba oba” dos tributos, numa avassaladora fome governamental que parece desejar arrancar da goela do contribuinte o último centavo. Vai terminar por matar a galinha dos ovos de ouro, a própria classe média, se é que isso ainda existe no Brasil.
Continuo a preocupar-me com o silêncio das ruas. O povo que estava alertando às autoridades que não estava satisfeito, calou-se. Mal sinal. Presságio ruim demais. Uma comodidade que nos faz arrepiar. É isso o que o Governo Dilma e o PT querem que aconteçam. Uma quietude por absoluta resignação diante da destruição que aqueles dois veem, conjuntamente, tecendo em nosso país. Há de revigorar-se os ânimos. O país necessita de mais brasileiros comprometidos com a ordem, nas ruas, não acompanhados com esses fascistas, baderneiros de plantão, como temos visto ultimamente na Paulista. As famílias precisam se organizar e retornar às ruas, clamando por ordem e por justiça. Por que desanimar? Não há sentido nisso.