Homens e cães
O seu cachorro lhe ama. Vive concentrado em você. Segue-o por toda parte e sabe, certamente pelo instinto, condicionamento e demais atos das relações de convivência, que você o aceita e gosta dele na matilha a qual lidera. Mas tente prender, suavemente, claro, mas firmemente a cabeça do seu totó entre suas pernas por um tempo maior e o cãozinho se impacientará e tentará soltar-se de todas as formas que puder. Pois é, a analogia certamente não é assim tão feliz, mas muitas pessoas (não poderia dizer “as pessoas”, até por que não seria verdade) se encantam com as almas nobres, os caráteres bondosos e sábios, as que sabem ouvir e, mesmo que venham a opinar, o fazem com parcimônia ajudando nas reflexões. Por isso mesmo elas são tão mais maduras emocionalmente, mais dóceis, seguras e donas de universos tão grandes que “o simples mortal” não conseguiria abranger. Se ela tenta, por alguma rara necessidade, lhe passar um aspecto de sua vida baseada em inúmeras variáveis desses universos, você pira. Não encontra as referências que servira de base para a construção da complexa (para você) rede de informações que a constitui. Então nos sentimos “o cachorro” que, apesar do amor e da dependência não dá um passo no universo de quem ama sem a sua calma e generosa espera.
O seu cachorro lhe ama. Vive concentrado em você. Segue-o por toda parte e sabe, certamente pelo instinto, condicionamento e demais atos das relações de convivência, que você o aceita e gosta dele na matilha a qual lidera. Mas tente prender, suavemente, claro, mas firmemente a cabeça do seu totó entre suas pernas por um tempo maior e o cãozinho se impacientará e tentará soltar-se de todas as formas que puder. Pois é, a analogia certamente não é assim tão feliz, mas muitas pessoas (não poderia dizer “as pessoas”, até por que não seria verdade) se encantam com as almas nobres, os caráteres bondosos e sábios, as que sabem ouvir e, mesmo que venham a opinar, o fazem com parcimônia ajudando nas reflexões. Por isso mesmo elas são tão mais maduras emocionalmente, mais dóceis, seguras e donas de universos tão grandes que “o simples mortal” não conseguiria abranger. Se ela tenta, por alguma rara necessidade, lhe passar um aspecto de sua vida baseada em inúmeras variáveis desses universos, você pira. Não encontra as referências que servira de base para a construção da complexa (para você) rede de informações que a constitui. Então nos sentimos “o cachorro” que, apesar do amor e da dependência não dá um passo no universo de quem ama sem a sua calma e generosa espera.