O TEMPLO. A CRUZ.

Levamos conosco o mais significativo dos templos. Nosso corpo encerrado no sagrado de seus mistérios. Vivemos em um corpo sagrado, uma sacralidade misteriosa, sem acessos.

A massa física em que dois terços configuram água, e de forma imemorial elabora e pensa no seu todo, vive nessa fluidez líquida que representa veículo santo.

Essa mesma santidade que em todas as crenças tem na água o sinalagma, prestigioso e prestigiado sinal da pureza, da lavagem das manchas indesejadas, projeta e representa a unção que traz a marca do Rei Jesus, o Cristo. Fecha-se um compromisso.

Entrar em um templo é levar à Casa do Altíssimo seu templo pessoal. É o encontro da origem com o andamento da construção originária.

Alguém me disse ontem que quando entra em um templo sente se elevar para outras distâncias. Vaga pela senda de uma sensação infinita.

Sem saber ingressa nas hostes de outras paragens que fora do templo não se sente e de forma alguma se percebe como um todo. Não há espaço para haurir e haver o sagrado fora do sagrado. Há uma sintonia entre os Templos quando se encontram.

Há nesse local a energia procurada, una primeiramente, sem cisões, e a ele levamos a força da energia principal, a que habita nosso templo pessoal que abraça a unidade.

É o sinalagma que está presente nesse encontro da criação e da Casa em que fomos criados em gênese, mesmo que inexplicável esse Movimento Criador inicial. A etiologia não permite descaracterização de seus dons.

A origem de "synnalagmatikos", vocábulo grego, significa a convenção entre duas partes pelo acordo de vontades. O passo vestibular é o livre arbítrio. O Sinal, o sinalagma, é a Cruz.

Esse encontro dos templos, pessoal e originário,traz essa elevação a mim confessada. Há uma obrigação contraída entre o Primeiro Movimento e seus movimentos subsequentes, NÓS, e cada parte condiciona a sua prestação à contraprestação da outra. Em direito, o melhor exemplo para a existência deste instituto é o contrato bilateral (compra e venda), com as obrigações e compromissos dele decorrentes.

O Templo, nosso Templo, sagrado e pessoal, entra em ruína quando traímos a Casa e Templo Principal e a Lei Moral que dele emana, sem sectarismos, com consciência mais arbítrio livre e sereno, responsável. Por isso a humanidade se debate entre horrores e sofrimentos, distante da paz. Ninguém pode viver em paz, pacificamente, com sua casa em desordem. A origem deve ser preservada, sob pena de expiar pelas culpas incidentes com suas penas.

É como em um contrato, descumpridas as obrigações rompe-se o sinalagma, é desfeita a celebração, perde-se o que foi contratado, acertado, convencionado. Necessitamos respeitar nosso Templo e a unidade que é um requisito da boa vontade. Por isso o sinal do martírio do Homem Jesus, a Cruz, é a chave que abre a porta de Seu Templo e nos cobre de proteção.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 26/01/2016
Reeditado em 04/11/2017
Código do texto: T5523553
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