Não existir é ser real
Vivemos a era dos grandes filósofos da net. Gente que se acomoda em falar pelo teclado do que agir pelo bem comum de seu país. O filme Matrix nunca foi tão real como em nosso século. Muitos viram como teoria da conspiração um mundo em que o virtual tornava-se mais importante do que o real. E, embora minha opinião seja apenas particular, podemos ver de forma constante e universal esta hipótese em nossos dias.
Basta observarmos a dinâmica das time-lines para entender quem vive “socialmente”. Isso se não nos lembrarmos dos registros de imagens. É mais importante ter uma foto comprovando qualquer ação do que viver praticamente. Viagens, namoros, condições de negócios, parecem só existir se forem “atualizados”.
O botão de curtir torna-se o substituto da fala. Se a gente curte, tudo bem. Agora se você não curtir aquela postagem, pode correr o risco de parecer “antissocial”. Prefiro usar pouco esse meio social e sou incompreendido por isso. Assim, chamo a atenção de que as redes servem para unir e não dissociar as pessoas umas das outras. Mas experimente usar pouco o facebook e você não “existirá” nessa Sociedade virtual. Mesmo que você seja uma pessoa amigável no dia a dia e procure se socializar.
Isso também ocorre porque seus pensamentos são observados como se pertencessem a todas as formas de postagens virtuais. A frase desse século é: Mostre-me o que postas e te direi quem és! Ninguém acha isso absurdo para uma Sociedade que parece caminhar para a evolução de pensamentos e na forma com que se relaciona com o próximo.
Devo estar ficando louco e vendo coisa onde não existe. Como a maioria das elocubrações fantásticas que surgem todos os dias, quando as pessoas confrontam “opiniões” a respeito do pensamento alheio “made in time lines”. Acho que vivemos um paradoxo para a psicologia. Hoje em dia, esquizofrênico é aquele que privilegia o que realmente vive e conhece da pessoa no dia a dia. Não privilegie o outro lado do virtual. Ele ironicamente parou de existir.