Brincando de poetar

Cai a chuva. Tudo parece em festa.

Os pássaros que antes de bicos abertos

Arfantes, sem brilho, magricelas...

Hoje estão diferentes.

Bebem água nas folhas gotejantes,

Cantam exalando o ar renovado.

O calor saiu em disparada quando viu

O vento harmonioso chegando.

É a vida suspirando.

Recomeço.

Ah, como clamei por essas terras, pelos animais!

Clamei pelos homens que jaziam,

Sem força a espera de um milagre.

Olhava todos os dias para os céus

Almejando uma nuvenzinha trigueira,

Que seguidas por companheiras,

Fossem atraídas por um vento jeitoso.

Para então contemplar o que me faz:

Brincar com as letras,

Inventar rima,

Achando-me poeta...

Estendo meu olhar pela janela,

Recebo gotas salvadoras

Que vieram acudir

A terra faminta.

Ione Sak 22/01/16

Ione Sak
Enviado por Ione Sak em 23/01/2016
Código do texto: T5521009
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