SOBRE AMIGOS, LITERATURA E CAFÉ
Gosto de fazer amigos desde sempre. Tenho amigos espalhados por lugares que desconheço. Alguns deles encontro eventualmente, aparecem em minha vida nos locais e lugares mais inusitados e nos mais prováveis. Nas redes sociais, em corredores de supermercados, bancos, praças, ponto de ônibus , Feiras de Livros, Encontros Científicos, e, claro, em encontros marcados .
Surgem em meio a dinâmica dos dias. Uns silenciosos, outros barulhentos. Uns cheios de certezas e respostas. Outros questionadores. Todos com um comentário, uma alegria, um elogio, um carinho inusitado, uma observação inesperada. Alguns com ar de surpresa. Todos queridos!
Nos últimos anos encontrei um grupo especial de amigos, amigos nascidos do amor comum pela literatura e/ou por outras formas de conhecimento. Suspeito que estes se tornam tão íntimos que parecem nos conhecer. Sabemos tão pouco um do outro, mas conversamos como se nos conhecêssemos desde a infância.
Desconfio (com algum grau de certeza) que pessoas que gostam de livros, que tem paciência para construção do saber, que amam a literatura e as viagens que ela nos proporciona são pessoas que transformam qualquer espaço em um lugar propício a criação de novas narrativas.
São pessoas capazes de, no meio do burburinho das movimentadas ruas da cidade são capazes de sentarem-se e, como se estivesse à beira do grande rio onde as palavras mergulham para vestirem-se de poesia, e, numa espera silenciosa e diferente, irem pescando novas histórias nos vestígios deixados pelos discursos, mudos ou expressos, pelos personagens ali reunidos.
E a palavra, antes incipiente, cria vida, lança-se em uma nova narrativa, transforma-se em palavra certa, discurso ideal, texto em construção.
Com estes amigos tenho passado manhãs, algumas tarde e poucas noites, memoráveis. Sentar-se com homens e mulheres de variadas idades e profissões, de sonhos e ansiedades diversos que gostam de ler e escrever tem me tornado uma pessoa melhor. Mais curiosa. Mais consciente de minha ignorância.
Feliz por perceber que ainda tenho muito a aprender e orgulhosa por compartilhar um pouco disso que, não sendo conhecimento exato, sabedoria ou qualquer coisa significativa eu poderia chamar de vivências, tentativas de uma aprendiz ou rascunhos de uma apaixonada por literatura.
Todos os encontros me lembram o quanto sou abençoada por conhecer pessoas que acrescentam tanto a minha história. E lembro a menina tímida e feia que não falava em sala para não chamar atenção sobre si e hoje se senta à mesa com expressivos nomes da literatura e não se intimida de ficar trocando sonhos, sonhando ficção, recitando versos que brotam de suas entranhas e fazendo vários novos amigos.
A literatura sempre foi a nau que me salvou de mim mesma.
Gosto de fazer amigos desde sempre. Tenho amigos espalhados por lugares que desconheço. Alguns deles encontro eventualmente, aparecem em minha vida nos locais e lugares mais inusitados e nos mais prováveis. Nas redes sociais, em corredores de supermercados, bancos, praças, ponto de ônibus , Feiras de Livros, Encontros Científicos, e, claro, em encontros marcados .
Surgem em meio a dinâmica dos dias. Uns silenciosos, outros barulhentos. Uns cheios de certezas e respostas. Outros questionadores. Todos com um comentário, uma alegria, um elogio, um carinho inusitado, uma observação inesperada. Alguns com ar de surpresa. Todos queridos!
Nos últimos anos encontrei um grupo especial de amigos, amigos nascidos do amor comum pela literatura e/ou por outras formas de conhecimento. Suspeito que estes se tornam tão íntimos que parecem nos conhecer. Sabemos tão pouco um do outro, mas conversamos como se nos conhecêssemos desde a infância.
Desconfio (com algum grau de certeza) que pessoas que gostam de livros, que tem paciência para construção do saber, que amam a literatura e as viagens que ela nos proporciona são pessoas que transformam qualquer espaço em um lugar propício a criação de novas narrativas.
São pessoas capazes de, no meio do burburinho das movimentadas ruas da cidade são capazes de sentarem-se e, como se estivesse à beira do grande rio onde as palavras mergulham para vestirem-se de poesia, e, numa espera silenciosa e diferente, irem pescando novas histórias nos vestígios deixados pelos discursos, mudos ou expressos, pelos personagens ali reunidos.
E a palavra, antes incipiente, cria vida, lança-se em uma nova narrativa, transforma-se em palavra certa, discurso ideal, texto em construção.
Com estes amigos tenho passado manhãs, algumas tarde e poucas noites, memoráveis. Sentar-se com homens e mulheres de variadas idades e profissões, de sonhos e ansiedades diversos que gostam de ler e escrever tem me tornado uma pessoa melhor. Mais curiosa. Mais consciente de minha ignorância.
Feliz por perceber que ainda tenho muito a aprender e orgulhosa por compartilhar um pouco disso que, não sendo conhecimento exato, sabedoria ou qualquer coisa significativa eu poderia chamar de vivências, tentativas de uma aprendiz ou rascunhos de uma apaixonada por literatura.
Todos os encontros me lembram o quanto sou abençoada por conhecer pessoas que acrescentam tanto a minha história. E lembro a menina tímida e feia que não falava em sala para não chamar atenção sobre si e hoje se senta à mesa com expressivos nomes da literatura e não se intimida de ficar trocando sonhos, sonhando ficção, recitando versos que brotam de suas entranhas e fazendo vários novos amigos.
A literatura sempre foi a nau que me salvou de mim mesma.