Paschoal Yanuzzi
Luiz Carlos Pais
A cultura preservada na história de uma cidade funciona como sua própria identidade. É uma força interior que alimenta a alma coletiva e ajuda a superar momentos difíceis de desalento social, como nos dias atuais. Por esse motivo todo esforço deve ser feito para realçar a importância do trabalho cultural dos nossos conterrâneos e retornar ao legado deixado por escritores, poetas e artistas que deixaram seus nomes na história. Nesse sentido, este artigo relembra uma música sertaneja gravada em 1955, quando as Irmãs Galvão lançaram o primeiro disco da carreira, com apenas duas canções, iniciando uma longa trajetória de sucesso. De um lado do disco, estava gravada Carinha de Anjo, letra do poeta paraisense, Fábio Mathias Mirhib, e música composta pelo maestro e professor de música, também paraisense, Paschoal Yanuzzi, conforme notícia publicada na Revista Alterosa. de Belo Horizonte, em edição de novembro de 1957.
As Irmãs Galvão formam uma dupla de grande sucesso, com mais de 65 anos de carreira e centenas músicas gravadas. A dupla que sempre encantou seu público iniciou carreira quando ainda eram meninas e cantavam numa rádio de Paraguaçu Paulista (SP). Depois de fazer sucesso no interior paulista e paranaense, foram contratadas como artistas da Rádio Clube de Maringá. Em 1952, foram morar na capital paulista. A dupla participou de programas de calouro na Rádio Piratininga e passou a cantar na famosa Rádio Nacional. Em 1955, o diretor da RCA Victor apostou no talento das jovens cantoras. O primeiro disco da carreira, de 78 rotações, acima mencionado, foi gravado e em pouco tempo conquistou merecido sucesso.
As músicas tocaram em rádios de todo o país e a carreira da dupla decolou. As artistas não esqueceram os autores paraisenses e reconheceram a beleza da canção. A memória do compositor paraisense está preservada na obra histórica do professor Luiz Ferreira. Paschoal Yanuzzi que foi homenageado com a atribuição do seu nome a uma via pública da cidade, compôs outras músicas de sucesso. Uma delas intitulava-se Cruz na Estrada, gravada pelo Zé Carreiro. Quem desejar conhecer Carinha de Anjo ou ouvi-la mais uma vez poderá digitar no Google a expressão: "youtube carinha de anjo as galvão" ou “youtube Irmãs Galvão carinha de anjo”. As artistas deram um grande impulso na carreira, quando ficaram alguns dias em Paraíso, para trabalhar na campanha política de 1955, quando candidatou-se à Prefeito Municipal, o Dr. Antônio Avelar, cunhado do benemérito médico Glauco Figueiredo. A recuperação dessa história cultural, quase apagada na memória coletiva, foi possível graças a valiosa contribuição dos meus amigos Nilton Calixto Dias e seu irmão Milton Calixto Dias. Conhecedores da história cultural da cidade, eles sempre relembram os saudosos tempos da Rádio Difusora Paraisense, e se empenham para preservar o episódio redigido neste artigo, e tantos outros fatos culturais da terra natal. Foi assim que o saudoso cantor Tibagi, no comando do Sertanejo de Ouro, ficou conhecendo a história da Carinha de Anjo e dos autores paraisenses.
Luiz Carlos Pais
Campo Grande, MS, 22 de Janeiro de 2016
Luiz Carlos Pais
A cultura preservada na história de uma cidade funciona como sua própria identidade. É uma força interior que alimenta a alma coletiva e ajuda a superar momentos difíceis de desalento social, como nos dias atuais. Por esse motivo todo esforço deve ser feito para realçar a importância do trabalho cultural dos nossos conterrâneos e retornar ao legado deixado por escritores, poetas e artistas que deixaram seus nomes na história. Nesse sentido, este artigo relembra uma música sertaneja gravada em 1955, quando as Irmãs Galvão lançaram o primeiro disco da carreira, com apenas duas canções, iniciando uma longa trajetória de sucesso. De um lado do disco, estava gravada Carinha de Anjo, letra do poeta paraisense, Fábio Mathias Mirhib, e música composta pelo maestro e professor de música, também paraisense, Paschoal Yanuzzi, conforme notícia publicada na Revista Alterosa. de Belo Horizonte, em edição de novembro de 1957.
As Irmãs Galvão formam uma dupla de grande sucesso, com mais de 65 anos de carreira e centenas músicas gravadas. A dupla que sempre encantou seu público iniciou carreira quando ainda eram meninas e cantavam numa rádio de Paraguaçu Paulista (SP). Depois de fazer sucesso no interior paulista e paranaense, foram contratadas como artistas da Rádio Clube de Maringá. Em 1952, foram morar na capital paulista. A dupla participou de programas de calouro na Rádio Piratininga e passou a cantar na famosa Rádio Nacional. Em 1955, o diretor da RCA Victor apostou no talento das jovens cantoras. O primeiro disco da carreira, de 78 rotações, acima mencionado, foi gravado e em pouco tempo conquistou merecido sucesso.
As músicas tocaram em rádios de todo o país e a carreira da dupla decolou. As artistas não esqueceram os autores paraisenses e reconheceram a beleza da canção. A memória do compositor paraisense está preservada na obra histórica do professor Luiz Ferreira. Paschoal Yanuzzi que foi homenageado com a atribuição do seu nome a uma via pública da cidade, compôs outras músicas de sucesso. Uma delas intitulava-se Cruz na Estrada, gravada pelo Zé Carreiro. Quem desejar conhecer Carinha de Anjo ou ouvi-la mais uma vez poderá digitar no Google a expressão: "youtube carinha de anjo as galvão" ou “youtube Irmãs Galvão carinha de anjo”. As artistas deram um grande impulso na carreira, quando ficaram alguns dias em Paraíso, para trabalhar na campanha política de 1955, quando candidatou-se à Prefeito Municipal, o Dr. Antônio Avelar, cunhado do benemérito médico Glauco Figueiredo. A recuperação dessa história cultural, quase apagada na memória coletiva, foi possível graças a valiosa contribuição dos meus amigos Nilton Calixto Dias e seu irmão Milton Calixto Dias. Conhecedores da história cultural da cidade, eles sempre relembram os saudosos tempos da Rádio Difusora Paraisense, e se empenham para preservar o episódio redigido neste artigo, e tantos outros fatos culturais da terra natal. Foi assim que o saudoso cantor Tibagi, no comando do Sertanejo de Ouro, ficou conhecendo a história da Carinha de Anjo e dos autores paraisenses.
Luiz Carlos Pais
Campo Grande, MS, 22 de Janeiro de 2016