UM PEIXE
Quisera voltar a ter humanidade,
De mim tomada de assalto pela decepção,
Que carreia sentimentos, sem dó ou piedade
A um abismo por nome desilusão.
Quisera,
Sentir-me outra vez nessa ventura.
Para então poder afastar de mim a agonia
De estar presente, mas, já não pertencer.
Embora, ouvido e vendo – Apenas, lamento...
Submersa em tal condição – por um querer chamado - amar,
Saquearam-me a crença, desde então já não sou - Senão
Igual a um peixe, se afogando, em meio ao mar.