Eli Kattan

Para mim você sempre foi o símbolo do homem ético. Possivelmente por que a sua atitude comigo desde o começo fui uma atitude de hombridade e justiça. Este foi o motivo real de eu ter ficado na Zaraplast todo este tempo. Apesar das dificuldades que encontrei nos últimos anos, sempre confiei naquilo que acredito que você é.

Nós desenvolvemos um trabalho muito bom, juntos, com J Macedo, tão bom que nunca ficamos um mês sem pedidos, nem de polietileno, nem de laminados. Se ficamos algum tempo sem vender ráfia foi por decisão exclusiva sua, por uma questão meramente de mercado, mas logo que desejou volta a fornecer, foi prontamente atendido.

Quando J Macedo comprou as marcas da Bunge, de macarrão, que usavam laminado, Célia e eu nos esmeramos ao máximo para cumprir todo o trabalho na catalogação e registração no sistema de todos os itens no tempo exigido por J Macedo, para que cumpríssemos os prazos de entrega solicitados por eles, pela nossa questão de lied time.

Esse trabalho nosso foi tão bom, que éramos considerados um dos melhores fornecedores de laminado deles. Era um trabalho em conjunto. Tudo supervisionado diretamente pela Rose, que exigia que todos os pedidos fossem feitos apenas com a aprovação dela, na forma e na quantidade e nós jamais fizemos diferente disso, sempre a acatamos.

Especificamente sobre o laminado, eu lembro bem do e-mail que passei para suprimentos dizendo que desejava entrar na concorrência e prontamente fui atendido. Foi a partir deste momento, segundo a Cíntia o Djair foi lá pedindo para que eu fosse tirado do processo, e foi aí que ele lhe contou toda aquela história, e foi aí que tudo começou.

Quando você me falou que estava havendo um problema em J Macedo e que eles queriam que nos ficássemos de fora do trabalho com laminado, você disse que se em seis meses as coisas mudassem tudo voltaria ao normal, eu acatei a sua decisão, por que confiei em você. Eu poderia ter vindo morar em Fortaleza, naquela época e tudo estaria resolvido.

Cíntia saiu do laminado três meses depois, o que resolveria a questão. Mas você achou melhor que as coisas continuassem desta forma e passou uma parte de minha comissão para o Djair, falando que assim era melhor. Célia gritou muito, dizendo que estavam querendo puxar o nosso tapete, mas eu não acreditei dada a confiança em você.

Em 2006 O Irineu juntamente com o André foram para São Paulo solicitar que o Djair assumisse laminado e fosse para Fortaleza. Desta reunião eu participei. Quando cheguei em Fortaleza, relatei o ocorrido para as pessoas competentes e fiquei morando aqui, para dar continuidade ao meu trabalho na área de polietileno e ráfia.

Alguns meses depois do ocorrido, Irineu foi trabalhar em Gaspar. Mas o Djair já estava morando aqui e havia pouco a ser feito na questão. Eu tive que aceitar o que tinha sido feito contra o meu trabalho, injustamente, diga-se de passagem, pois nós sempre cumprimos com as nossas obrigações de forma pronta e absoluta.

Eu dois mil e sete você decidiu descontar um valor de minha conta, por causa de um material que segundo a Rose tinha sido feito sem o pedido do cliente. Jamais fizemos isso, Eli. Mesmo por que, como eu disse em um parágrafo anterior ela não me permitia esse procedimento de forma alguma, tudo era controlado por ela.

Desta forma, sob a sua tutela e gerência, se fosse feito algo, teria que ser aprovado por ela, o que lhe daria a responsabilidade pelo trabalho assumido em sua aprovação. Nós fomos responsabilizados por algo que não fizemos e pagamos 8 meses por algo que desconhecemos o sentido e a razão sendo muito prejudicados desta forma.

Peço que reconsidere este caso, bem como a situação de laminado em J Macedo, pois da mesma forma que um representante não deve ter duas empresas no mesmo segmento, um fornecedor não deve ter dois representantes no mesmo cliente, isso é antiético, sendo contrário a todo o seu procedimento como homem probo que é.