O CÃO SALVOU O BEBÊ
No jornal a notícia contava: "Na cidade de Caucaia (Ceará), uma mãe jogou seu filho logo após o nascimento próximo a um lixo. Momentos depois, passava um cachorro que imediatamente o pegou e o levou até a casa mais próxima.
Assombro! Não tem palavra que expresse melhor, minha inquietação, quando leio algo assim.
Sem julgamentos, quanto ao ser humano, que assim procedeu.
Meu pensamento vai de encontro ao cão, e reconheço o quanto os humanos sabem pouco sobre os sentimentos de um animal.
Tive uma cachorra de nome Kauai que morreu há alguns anos. Quando estava com três anos de idade, ela deu à luz a onze cachorrinhos em sua única gestação. No dia seguinte ao nascimento dos filhotinhos, eu estava em minha cozinha, quando ouvi um uivo que encheu a casa e meu coração de tristeza, fui rapidamente olhá-la e aos filhotes, no ninho que havíamos preparado para ela. A cena que vi, nunca mais esqueci: com desespero no olhar ela olhava um dos filhotinhos, que há pouco havia morrido.
Demorou até que ela aceitasse que ele havia morrido, ela tentava reanimá-lo, passando a língua por todo corpo do filhote.
Vi lágrimas em seus olhos, pode acreditar que elas estavam lá, não foi minha imaginação.
Conversei com ela, e devagar, pequei nas mãos o pequenino, que ainda estava quente, e o levei dali. Nessa hora, o olhar que ela me endereçou, era um misto de dor, e desespero. Já havia visto olhar semelhante em mães amorosas que perderam seus filhos.
Ela ficou de luto. O leite escasseou, e foi preciso muito carinho e atenção da minha parte, para que aos poucos ela voltasse a comer e a beber água. Enfim, voltasse a viver, e a cuidar dos outros dez filhotes.
Assombrada com a notícia, fico a cismar: Por quê será que ainda teimamos em classificar os animais como irracionais e a nós, como racionais ?
(Imagem: Lenapena)
No jornal a notícia contava: "Na cidade de Caucaia (Ceará), uma mãe jogou seu filho logo após o nascimento próximo a um lixo. Momentos depois, passava um cachorro que imediatamente o pegou e o levou até a casa mais próxima.
Assombro! Não tem palavra que expresse melhor, minha inquietação, quando leio algo assim.
Sem julgamentos, quanto ao ser humano, que assim procedeu.
Meu pensamento vai de encontro ao cão, e reconheço o quanto os humanos sabem pouco sobre os sentimentos de um animal.
Tive uma cachorra de nome Kauai que morreu há alguns anos. Quando estava com três anos de idade, ela deu à luz a onze cachorrinhos em sua única gestação. No dia seguinte ao nascimento dos filhotinhos, eu estava em minha cozinha, quando ouvi um uivo que encheu a casa e meu coração de tristeza, fui rapidamente olhá-la e aos filhotes, no ninho que havíamos preparado para ela. A cena que vi, nunca mais esqueci: com desespero no olhar ela olhava um dos filhotinhos, que há pouco havia morrido.
Demorou até que ela aceitasse que ele havia morrido, ela tentava reanimá-lo, passando a língua por todo corpo do filhote.
Vi lágrimas em seus olhos, pode acreditar que elas estavam lá, não foi minha imaginação.
Conversei com ela, e devagar, pequei nas mãos o pequenino, que ainda estava quente, e o levei dali. Nessa hora, o olhar que ela me endereçou, era um misto de dor, e desespero. Já havia visto olhar semelhante em mães amorosas que perderam seus filhos.
Ela ficou de luto. O leite escasseou, e foi preciso muito carinho e atenção da minha parte, para que aos poucos ela voltasse a comer e a beber água. Enfim, voltasse a viver, e a cuidar dos outros dez filhotes.
Assombrada com a notícia, fico a cismar: Por quê será que ainda teimamos em classificar os animais como irracionais e a nós, como racionais ?
(Imagem: Lenapena)