Boa Música Sempre Será Boa Música
Dia 13 de janeiro de 2016. Eu acordei ouvindo uma musica que serve de bússola para todos os dia. O Luciano. Meu filho, que também conhece o que é bom, trouxe até mim seu smartphone, e mais precisamente através do youtube, onde ele me mostrou um vídeo onde Caetano Veloso, cantava uma das mais belas musicas do cancioneiro popular brasileiro: Rosa, de Pixinguinha, gravação famosa na voz de Orlando Silva, “O Cantor das Multidões”, como era conhecido o maior cantor do Brasil.
Acredito que muitos outros cantores gravaram “Rosa”. Ai eu fiquei pensando por que outros cantores, mais atuais, não gravam muitas pérolas da musica popular brasileira ?
Há alguns anos, Jair Rodrigues gravou várias antigas canções e fez um imenso sucesso. Mesmo uma canção mais moderna, da década de 60, como “Construção”, de Chico Buarque de Holanda e gravada por ele mesmo, que foi um despertar da nossa, que andava meio adormecida, boa musica.
Que dizer de “Numero Um”, composta por Benedito Lacerda e Mário Lago, gravada por Orlando Silva? E também gravada por quase todos os grandes cantores da época, com suas próprias interpretações. Uma vez que cantar como Orlando Silva era impossível.
E o que falar de “Chão de Estrelas”, composição de Orestes Barbosa, e interpretada por Sílvio Caldas ?
Ou ainda “O Destino desfolhou”, de Mário Rossi e Gastão Lamonier, na interpretação de Carlos Galhardo ?
Estas são algumas joias que as nossas emissoras de rádio, não mais tocam, muitas vezes quase que proibindo seus apresentadores de tocar. E a televisão também não apresenta essas musicas. Nem o carnaval que está ai às nossas portas.
Se gostar do que é bom é ser saudosista, eu sou e com muito orgulho!
Mas falando em carnaval, nós, de alguns anos atrás, éramos privilegiados. Todos os cantores e cantoras já tinham gravado uma ou mais musicas para o carnaval. Estou falando do final do ano, antecedendo ao carnaval.
Os compositores pegavam algum motivo de interesse popular, e faziam uma bela marcha ou um samba. Como a marcha “Andar de Bonde”. O motivo foi pelo fato do chefe do Transito do Rio de Janeiro, Edgar Estrela, ser suspeito de fazer uma verdadeira montanha de multas, na capital da República. Não me recordo ao certo seu título e também seu autor, mas lembro-me que ela era cantada por Nuno Roland, ou Roberto Silva. Acho que era Andar de Bonde:
Comprei um carro
E não sai o ano inteiro,
Do lanterneiro, do borracheiro.
Vendi o carro
Não sou milionário
Quero o meu dinheiro.
Eu era intimado todo dia
A visitar a Inspetoria.
Avanço de sinal,
Contra mão não sei onde
Parei, parei,
Eu prefiro andar de bonde.