OS ASTROS TAMBÉM MORREM...*
Em todas as áreas das atividades humanas; há seres que se sobressaem; nas artes, nos esportes, na política, na ciência, com um leque de atividades, no setor da medicina, nos setores de pesquisas de laboratórios, buscando decifrar os enigmas do sistema celular e descobrir caminhos que amenizem os sofrimentos, inerentes ao nosso estágio de evolutivo.
Nossas breves palavras de hoje, deixamos o setor artístico por último, onde a partida inesperada de um ídolo da música pop, cuja qualidade não nos compete opinar.
Certamente trouxe um dom nato, pois desde a sua infância, em conjunto com alguns irmãos, já empolgavam os auditórios, com seu canto, suas músicas e sua dança, alcançassem um sucesso; mais tarde sozinho decolou sua carreira artística; aos 24 anos, em 1985, com uma gravação que chegou a vender 100 milhões de cópias, se tornado um ídolo sem fronteiras, com sucessos inimagináveis e talvez insuperáveis; apesar de obter um enorme retorno financeiro, estava marcada uma série de apresentações, - os ingressos já estavam sendo vendidos. - em Londres, e para o espanto de muitos, tinha como objetivo equilibrar suas finanças... A princípio, parece para nos, algo de difícil entendimento, pelos vultosos valores arrecados permanentemente em sua carreira; talvez, os que vivem esta experiência de excessivos recursos financeiros, perdem o parâmetro de onde gastar e como gastar, do supérfluo e do necessário, comprovando que a riqueza associada à glória é uma difícil prova, aonde o orgulho e a vaidade vem à tona, se constituindo de testes de difícil superação para se encontrar o equilíbrio, no dia-a-dia-de suas vidas...
A comoção dos fãs demonstra de maneira inequívoca, que os astros não podem morrer, ledo engano, pois todos nos, independente da situação que ocupamos, somos finitos na breve existência física onde os reais objetivos é a busca de nosso engrandecimento intelectual e moral, todas as “ilusões” do caminho, nada levamos, exceto o que fizemos de bom, isto sim, marcará para sempre nossa presença; quais foram os nossos reais objetivos de nossa existência terrena? O acúmulo dos bens? Se formos afortunados com a riqueza, soubemos transforma-la em trabalho para muitos? Numa parceria recíproca; qual a parte que destinamos aqueles que trabalham conosco?
E os nossos conhecimentos dos bancos escolares, talentos preciosos que conseguimos acumular; serviram tão somente para nos beneficiar a nossa condição social?
Ou soubemos dividir, para facilitar o aprendizado de muitos que estavam ávidos de também iniciar este aprendizado...
Encerramos nossas breves Reflexões do Cotidiano de hoje, reafirmando que é preciso reavaliar valores e conceitos entre “Ter” e “Ser”.
Na noite de ontem escrevemos por intuição estas palavras, sobre os assuntos que discorremos acima. (8/07/09)
Quando ocorre o desenlace de uma personalidade de extremo destaque, como neste caso especificamente no setor musical, os meios de comunicação noticiam repetidamente sua passagem desta para outra vida, onde os fãs parecem não aceitar que toda vida na Terra é finita, um dia chegamos e um dia partimos; onde há a impressão que a comoção geral quanto ao fenômeno da morte, seria um fator não previsto, mas a realidade é que este fenômeno envolve a todos independentes da fama, da glória, da riqueza, posição social que ocupavam... A viagem de volta é inevitável.
É preciso reavaliar valores, para os que ficam e os que vão; a vida em si é um dom precioso, que por certo período é concedido na permanência do mundo material, que nos deu abrigo temporário; ao retornar somente levamos as aquisições que porventura tenhamos granjeado tudo mais fica por aqui, exceto o bem, o amor, que tenhamos espargido, junto aqueles que compartilharam de nossas vidas, no aprendizado que é mais uma existência terrena; se compensou ou não, cada consciência responderá por si própria...
Reflexões do Cotidiano, Curitiba, 9 de julho de 2009- Saul Hoje é 12 de janeiro de 2016
*Machae Jackson Nascimento: 29/08/1958 Falecimento:25/06/2009
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