Felicidade: uma questão de grau de instrução
Seria mesmo a felicidade uma questão de estado de espírito? Tenho lá minhas restrições quanto tal idéia. Esta máxima até faz algum sentido frente a enorme relatividade da questão, mas não sintetiza a felicidade de forma apropriada. Aventuro-me a asseverar que a felicidade está mais relacionada a uma questão de grau de instrução ou erudição! Cultura, talvez!
Faço-lhe um convite: venha comigo pela ponte que o levará ao encontro dos meus axiomas e encontrará sentido no que afirmo. Fique a vontade para dissentir, mas mergulhe de peito aberto para tentar compreender, da melhor maneira possível, meu fio de raciocínio!
Pra você, o que é felicidade? Estar ao lado de quem ama? Ter dinheiro para comprar o que deseja? Trabalhar naquilo que gosta? Ter saúde? Filhos? Diploma?
As pessoas mensuram sua felicidade de acordo com as respostas que encontram através destas perguntas. A satisfação naquilo em que julga ser o fator de maior importância nas suas vidas é que dimensiona o tamanho da felicidade de cada um. “Sou feliz por isso...” , “seria feliz se aquilo tivesse...”
Temos que buscar a origem da felicidade naquilo que provoca os questionamentos, e não na resposta positiva para tais perguntas.
Vejamos... Quanto mais humilde e menor for o nível de erudição de uma pessoa mais fácil será, para ela, encontrar a felicidade! Isso facilmente se reponde porque dentre os seus principais objetivos de vida estão a construção de uma estrutura familiar, composta por marido ou esposa, filhos, um teto onde se abrigar, o alimento para suprir suas necessidades orgânicas... Isso lhe basta e é o resumo da felicidade! Ter mais pra que? São completos com tais pilares.
Já para alguém que freqüentou as melhores escolas, universidades, pós-graduações, mestrados, doutorados... Uma casinha de sapê só teria utilidade se utilizada para guardar o feno dos eqüinos de sua majestosa fazenda!
Afirmo: felicidade é uma questão de grau de instrução!
Quanto mais escancarado for o campo intelectual, quanto mais exasperado for o universo fantasioso, quanto mais erudito e rico de conhecimentos for o indivíduo, maior será sua exigência pela felicidade. Isso é evidente... Ele quer ter o que os mais variados meios de comunicação têm a lhe oferecer; ele quer ser os vários personagens que as múltiplas produções literárias lhe mostraram ser possível.
Permitam-me utilizar uma outra máxima: “pobre se contenta com pouco!” Essa me parece a mais aproximada da realidade... Da trágica e dura realidade...