Aquela mulher.
Esbarramos algumas vezes no corredor dos diferentes recintos, explorando a capacidade da restrita visão periférica, admirado fiquei e desejoso de um encontro com mais interação, além de simples cruzar de olhar.
Outras ocasiões fazia demonstrações de performance quase flutuando no ar, semelhante a pluma, suas mãos em movimentos sincronizados com o corpo de sinuosas curvas e beleza encantadora, dançava ao som em ritmo latino fazendo os olhares brilharem em busca de acompanhar os lascivos balanços cadenciados.
Estava ali a união perfeita da alegria do radiante sorriso, com a música que causava uma mistura de suavidade e provocação em uma comunhão do atrevimento com um ar provocante de quase inocência.
Causou furor no ambiente no balanço entre uma e outra onda na viagem por um mar azul.
Foi em um momento de rara felicidade quando finalmente nos deparamos frente a frente, eu e aquela mulher, que me estendeu a mão como um anjo, me assanhou com uma luz no olhar, e no balanço do mar, nos encontramos em um bailar que fez viajar por lugares que jamais havia caminhado, "mares nunca antes navegados".
Dançamos acompanhando de muito próximo a queima de fogos que iluminava o céu comemorando um novo tempo que chegaria...