A TRISTEZA DO ABANDONO
Quem sabe o que eles deixaram para trás?
Um terço sobre o criado mudo.
Um lenço molhado de lágrimas.
Uma xícara de café frio.
Uma caixa onde guardavam antigas cartas de amor, e fotografias amareladas pelo tempo.
Marcas desbotadas num velho colchão.
Paredes que testemunharam suas dores e alegrias.
Pouco importa o que tenham deixado para trás.
Importa sim, o que vão encontrar, no lugar onde foram deixados.
Todos eles carregam na bagagem, uma vida construída de certezas e incertezas, de sonhos e pesadelos, de alegrias e tristezas.
Enfim, todos tem uma história de vida, que merece ser ouvida.
A velhice, roubou deles quase tudo, mas não o poder de sentir.
Por isso, intuitivamente eles sabem, que estão sendo descartados, como uma peça de roupa usada e puída, que já não tem uso no ármario.
Ao cruzar a soleira daquela porta, ao escutar o velho portão de ferro ranger, atrás de seus pés, um mundo sem rosto, sem cor, sem som, sem sentimentos, os envolve, com seus braços frios feito aço, e lhes congela o coração e a alma.
Simplesmente, "outros", os deixaram ali, para morrer em vida.
E assim, eles passaram a não ter mais presente, nem futuro, só passado.
(Imagem: Lenapena)
obs.: em referência a tantos idosos, que são relegados, ao mais completo abandono.
Quem sabe o que eles deixaram para trás?
Um terço sobre o criado mudo.
Um lenço molhado de lágrimas.
Uma xícara de café frio.
Uma caixa onde guardavam antigas cartas de amor, e fotografias amareladas pelo tempo.
Marcas desbotadas num velho colchão.
Paredes que testemunharam suas dores e alegrias.
Pouco importa o que tenham deixado para trás.
Importa sim, o que vão encontrar, no lugar onde foram deixados.
Todos eles carregam na bagagem, uma vida construída de certezas e incertezas, de sonhos e pesadelos, de alegrias e tristezas.
Enfim, todos tem uma história de vida, que merece ser ouvida.
A velhice, roubou deles quase tudo, mas não o poder de sentir.
Por isso, intuitivamente eles sabem, que estão sendo descartados, como uma peça de roupa usada e puída, que já não tem uso no ármario.
Ao cruzar a soleira daquela porta, ao escutar o velho portão de ferro ranger, atrás de seus pés, um mundo sem rosto, sem cor, sem som, sem sentimentos, os envolve, com seus braços frios feito aço, e lhes congela o coração e a alma.
Simplesmente, "outros", os deixaram ali, para morrer em vida.
E assim, eles passaram a não ter mais presente, nem futuro, só passado.
(Imagem: Lenapena)
obs.: em referência a tantos idosos, que são relegados, ao mais completo abandono.