MUSEU DO AMANHÃ OU DA IDADE DA PEDRA?
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Museu do Amanhã ou museu da pré-história?
O pomposo título de Museu do Amanhã, um projeto do arquiteto espanhol Santiago Lalatrava, ergjuído na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro, pode também ser considerado museu da pré-história ou museu da Pré-História. Já recebeu mais de 25 habitantes em longas, demoradas e quase intermináveis filas! A Fundação Roberto Marinho, que bancou o projeto e gastou de 230 milhões no projeto, deixou de pensar que o Museu do Amanhã poderia ser também digital na hora de se adquirir o ingresso pela internet. O Museu faz pensar sim, principalmente no contraste entre o futuro e o passado, a evolução e a burrice tecnológica! A inauguração pela presidente Dilma Rousseff, ocorreu em 17 de dezembro de 2015.
Como âncora do projeto de revitalização chamado “Porto Maravilha”, o museu é belíssimo em sua proposta. Ele contem em seu espelho d´água, uma escultura permanente a céu aberto, do artista norte-americano Frank Stellia. A escultura foi exposta na cidade de Nova York e doada para o Museu do Amanhã e consiste em uma estrela de vinte pontas e seis metros de diâmetro em frente a Baia de Guanabara. Para o acesso ao Museu, depois da primeira fila para entrada, uma nova fila se forma para a compra do ingresso. Depois, dentro, mais uma fila para ver um filme projetado em ângulo de 360 graus. Em seguida, as outras atrações do museu, com um véu que se movimenta ao sabor do vento soprando de baixo para cima e outras tecnologias para se conhecer a proposta de todo o trabalho. O “Museu do Amanhã”, conta com parcerias com importantes universidades brasileiras, instituições científicas globais e coleta de dados em tempo real sobre o clima e a população de agências espaciais e das Nações Unidas. Será nenhuma das parcerias pensou em facilitar o acesso dos visitantes?
Devido a falha que ainda pode ser corrigida, a proposta da instituição, divulgada pela internet pode ser atingida em seu todo. A ideia principal era ser “um museu de artes e ciências”, contando também com mostras que alertassem sobre os perigos das mudanças climáticas, degradação ambiental e do colapso social. O museu é de uma beleza estética que impressiona! O edifício “conta com espinhas solares que se movem ao longo da claraboia, projetada para adaptar-se às mudanças das condições ambientais”, como informa a https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_do_Amanhã e constatei em minha visita ao local. A exposição principal é “majoritariamente digital e foca em ideias em vez de focar em objetos”. Só esqueceram de informar que o museu se destina aos visitantes e, que, também poderia ser chamado de “Museu do Passado”, ou “Museu do Tambor” ou simplesmente “Museu dos Sinais de Fumaça Indígenas”! Na Praça Mauá, na fila esperando para entrar às 12 horas, conseguiu me fazer pensar muito nas longas filas de turistas!
Os ingressos ainda não são vendidos pela internet, como ocorre em dias de jogos de futebol nos caros e superfaturados Estádios construídos no Brasil para a Copa do Mundo, que deixaram como legado da Copa, prejuízos financeiros aos Governos dos Estados às empresas privadas que os administram! Rebatendo as construções, seguidas denúncias de superfaturamento, o Governo Federal respondia sempre que os estádios ficariam como “legado da Copa do Mundo”. E ficaram mesmo: dando prejuízos enquanto falta dinheiro para áreas saúde, habitação, saneamento , segurança e educação, para não citar outras...