Cresceu e Demais

 
     Um dos comentários que mais se ouviu no encontro de 10 de outubro “Somos Jovens Há Mais Tempo” (É lógico, depois de “Que saudades!”) foi sobre o desenvolvimento de Santo Antônio da Alegria, sobretudo daqueles nativos que daqui se afastaram por duas ou três décadas.

     Curiosa, resolvi fazer uma pesquisa. Consegui dados no IBGE, apenas a partir de 1991. (Pode ser por imperícia da pesquisadora.) Apontam, neste Instituto, que a população alegriense aumentou em apenas cerca de duas mil pessoas. Decidi deixar de lado estes dados oficiais e apoiar-me nas lembranças e no que se pode ver aqui e agora.

 
População estimada 2015 (1): 6.739
População 2010: 6.304
Área da unidade territorial (km²): 310,291
Densidade demográfica (hab/km²): 20,32
Código do Município: 3547908
Gentílico: Alegriense
 
Fonte: IBGE, Censo Demográfico: 2000.

     Santo Antônio, no final da década de 70, era apenas um miolo em volta da Praça do Rosário e da Rua Nove de Julho. Já havia a avenida, entretanto sem pavimentação, ainda. Havia muitas residências confortáveis, mais antigas, marcando a época e apenas algumas de estrutura mais arrojada e moderna.

     Nas duas décadas finais do século todas as ruas foram asfaltadas, inclusive estradas vicinais, as praças foram reformadas, vieram as COAHBs, o CLT (Clube de Lazer do Trabalhador), as quadras esportivas, os poços artesianos para o abastecimento de água, a creche, a Rodoviária, a “Cônego Macário” inchou e foi necessária mais uma escola de Ensino Fundamental I. Assim o comércio da cidade também se multiplicou.

     Foram estas inovações que trouxeram nossa Santo Antônio para o século XXI. Atualmente, são vários bairros novos, com muitas construções, mais escolas, mais mercados, mais lojas, o Distrito Industrial, a Incubadora de Empresas, tratamento de esgoto e o Parque Ecológico, nosso cartão de visita,

     “Onde fica esta cidade?" - Era muito comum que, ao viajar, ouvisse esta pergunta quando nos pediam o endereço de residência. Ultimamente a indagação é diferente: “É aquela cidade que apareceu na Globo?”, "Bem Estar"? Estamos mais conhecidos!

     Outro espanto foi a resposta do hóspede paulistano ao questionado, pela manhã, se dormira bem: “ Aqui é barulhento! Caminhão saindo, trator, conversas... onde moro é quietinho!” Interessante, é uma movimentação natural... são pessoas saindo para o trabalho rural; não incomodam...

     O progresso veio com mais fábricas de móveis e de blocos, confecções, laticínios e demais produtos alimentícios; as festas do Congo e de Reis ganharam novas proporções. Santo Antônio já não é tão tranquila que portas e janelas fiquem abertas à noite. As distâncias já não são tão curtas que dê para ir a pé ao supermercado ou à farmácia.

     A recompensa é que a conta ainda pode ser paga na confiança, no quinto dia útil de cada mês, muitos dos pontos comerciais ainda fecham as portas para a sesta e também os fundos dos quintais sempre têm hortas e frutas orgânicas. Sem o trânsito das cidades grandes sobra mais tempo para respirar o ar puro, cuidar da saúde e da família. Enfim, buscar a tão sonhada qualidade de vida, que caminha junto com o progresso. Este é o lugar para quem procura maior expectativa de vida.

     E, o mais importante, a cultura alegriense de bem-receber não foi alterada. O espírito acolhedor é o mesmo de sempre. É a cidade que tem ALEGRIA até no nome! Braços abertos e boas vindas para visitantes e novos moradores (que não são tão poucos!). O desenvolvimento não destruirá esta índole! Pois é certo que cada um que eleja esta cidade para viver, traga subsídios para contribuir com toda a sociedade em qualidade de vida, educação e companheirismo, já característicos deste rincão querido.
Fheluany Nogueira
Enviado por Fheluany Nogueira em 07/01/2016
Reeditado em 09/03/2016
Código do texto: T5503328
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