Feitiço e Feiticeiro

Diziam os antigos que quem planta, colhe. Mas não se referiam à agriculturqa e sim as maldades e armações que alguém perpetrava e depois era vítima delas. Acho que hoje a expressão é ainda mais válida, mesmo que alguns maldosos ainda não tenho sofrido a merecida rebordosa, mas ela virá mais cedo ou mais tarde.

Não digo que me alegre quandoum mau desaba vítima da sua própria maldade. Mas anão sou hipócrita, não consigo sentir pena. Sim, porque não sou masoquista e nem tenho sangue de barata.

Acho um absurdo o que fazem os idealizadores de maldades que só prejuízos trazem aos menos favorecidos. Refiro-me aos formuladores das fgrandes armações, os engenheiros do mal, os arquitetos do infortúnio, os constrtores do absurdo, aqueles que inventam os meios para se perpetrar o mau. E o mau é uma espécie de bumerangue que se volta sempre para quem o arremessa. É a popular merda no ventilador, quem joga recebe ela na cara de volta.

Pode até não ser verdade, mas li como fatoverídico o que aconteceu com o doutor Guillotuin, o inventor da guilhotina na Revolução Francesa, quando se preparavam para executar Louis XVI. Ele foi à Assembléia Francesa e expôs o seu projeto que achavva genial:

"Com a parelo que modestamente apresento a esta assembléia, humanizamos o processo da morte. O mecanismo se abre automaticamente. A lâmina cai como um raio. A cabeça salta, o sangue jorra; era uma vez um homem. Criminoso e carrasco se beneficiam ambos com o processo. E acabamos também com o odioso privilégio de só os nobres serem decapitados. A pena de morte será igual para todos; democrática".

"Segundo Noel Rosa, no samba "Positivismo" Monsieur Gullotin também foi democratizado: "A verdade, meu amor, mora num poço/ É Pilatos lá na Bíblia quem nos diz;/ E também faleceu por ter pescoço/ O infeliz autor da guilhotina de Paris".

O feitiço sempre se vira contra o feiticeiro. É uma verdade abissal. Inté.