Nocaute Jurídico

Gostava de assistir aos juris. Mas nos tempos dos grandes advogados. Verdadeiros tribunos. Uns artistas. Adorava assistir aos juris dops granders crimes, crimes que abalaram o estado. A mim não interessava nem o crime e nem os criminosos, nem o juiz, nem o promotor e nem oconselho de sentença, mas o debate entre o asvogadodde acusação e o da defesa. Sim, nos grandes crimes havia sempre além do advogado de defesa, o advogado de acusação. Sempre dois caras que falavam bem paca. Adorava quando eles discutiam e quase iam aos tapas, mas era tudo teatro. Um arretados. às vezes era preciso o juiz buzinar, bater naquela campainha, bnater com o martelo, ameaçar suspender o juri e avisar aos presentes que não podiam se manifestar porque a galera vibrava. Falei do teatro, mas alguims vezes a discussação era pra valer.

Lembro-me de vbários debates emocionantes. Mas uma ficou na minha mente até hoje. E o vencedor não foi o advogado de defesa, mas o da acusação. E venceu por nocaute jurídico, um golpe fulminante. No auge de uma discussão, apartes de um lado e do outro, o advogado da defesa caiu na besteira de insinuar que o colega da acusação não podia falar muito de filhos, insinuando que o cara era estéril. Todo muindo entendeu, o juiz ainda quis inervir, mas deixou pra lá, então o advogado da acusação,calmo, tranquilo,mas disposto bateu forte, o jab fulminante: - É melhor não poder ter filhosdo que tê-los e não saber se é mesmo o pai. O advogado da acusação ficou pálido,silenciou, quis dar um chilique, procurou chao e não achou e aí sentou-se. O danado é que areferência parece que tinha razão de ser. O réu foi condenado, mas a uma pena leve. E o astro do dia foi o advogado da acusão que venceu por nocaute jurídico. Quie saudade dos juros de antigamente. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/01/2016
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