MARIPOSA

O sol foi embora,o cristal não se mexe,e os prismas não aparecem.O quarto fica triste e escuro.Até o ar que respiro,parece que fica mais pesado.
Acostumei de tal maneira com os reflexos coloridos das cápsulas de luz,dançando pra lá e pra cá,que a ausência de movimento e cor vibrando pelas paredes,me deixam letárgica,densa,e energéticamente vazia.
O ar que respiro precisa ser colorido e leve. Meus olhos gostam ver os pequenos pedaços de arco íris,balançando desorientados pelo ambiente,e se escondendo atras dos móveis,das cortinas e embaixo da cama.
Meu corpo todo absorve essa energia pulsante e dançante que se esparrama pelas paredes e pelo chão do quarto.
Fora desse ambiente,eu pareço uma mariposa : perdida,abobalhada,e cega ; se debatendo inultimente em busca da luz distante,e sem saber para onde ir.
                                          
    Maat / 2013
Maria da Penha Boselli
Enviado por Maria da Penha Boselli em 03/01/2016
Código do texto: T5499121
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